DA REDAÇÃO

O pagamento de dividendos (que é a cota paga aos acionistas em cima do lucro) pelas empresas americanas não acompanhou o ritmo das Bolsas de Valores do país. Menos de 200 companhias dos Estados Unidos aumentaram o valor dos dividendos no terceiro trimestre deste ano, o pior resultado histórico para o período de julho a setembro.
De acordo com levantamento realizado pela Standard & Poor's, apenas 191 de 7.000 companhias que têm ações negociadas em Bolsa aumentaram o valor do dividendo no terceiro trimestre, uma queda de 44,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Outras 113 empresas reduziram o valor pago aos acionistas, o maior número para o terceiro trimestre desde 1982.
Ainda segundo a Standard & Poor's, a média nos últimos 54 anos mostra 15 aumentos no valor dos dividendos para cada 1, o que indica redução -no trimestre passado, essa relação ficou próxima de 1 para 1.
O resultado muito abaixo da média contrasta com o bom momento vivido pelas Bolsas dos EUA. O S&P 500 (indicador que acompanha a evolução dos papéis das 500 maiores empresas americanas) se valorizou em cerca de 11,5% no terceiro trimestre e acumula alta de aproximadamente 15% no ano.
Para Howard Silverblatt, analista da agência americana de classificação de risco, os números dos dividendos do período de julho a setembro sinalizam que eles podem ter chegado ao fundo do poço.
Porém, Silverblatt alerta que, mesmo que a economia americana responda aos vários programas de estímulo (como o de US$ 787 bilhões aprovado no início do ano), "ainda pode levar vários trimestres para que as companhias se sintam confortáveis para aumentar, ou iniciar, o pagamento de dividendos".


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