São Paulo, terça-feira, 02 de novembro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa fecha em alta de 0,96%; com feriado e eleições nos EUA, pregão registra poucos negócios

Recuo do preço do petróleo anima Bolsas

DA REPORTAGEM LOCAL

A véspera do feriado de Finados no Brasil e a expectativa em relação às eleições nos Estados Unidos fizeram de ontem um dia apático no mercado financeiro, de pregões esvaziados e poucas oscilações. A queda do petróleo no mercado internacional ajudou a fazer com que as principais Bolsas de Valores -entre elas a brasileira- fechassem em alta.
A Bovespa movimentou apenas R$ 421 milhões ontem. Em outubro, o giro financeiro diário ficou, na média, em R$ 1,37 bilhão. Esse foi o mais fraco movimento em um pregão desde outra véspera de feirado, no dia 6 de setembro, quando o giro ficou em R$ 247,5 milhões.
O Ibovespa, principal índice do mercado acionário doméstico, fechou com alta de 0,96%.
As ações ordinárias da Sabesp, da qual o governo vendeu 18,5% do capital na sexta-feira, lideraram as altas e encerraram o dia com valorização de 5,44%.
No mercado de câmbio, muitos operadores nem trabalharam ontem. O dólar fechou em pequena baixa de 0,17%, a R$ 2,85.
O Banco Central anunciou que vai resgatar toda a dívida de US$ 656 milhões que vai vencer na próxima semana.
Sem sinais de pressão no câmbio, o BC não tem encontrado motivos para renovar as parcelas de sua dívida cambial que têm vencido. Quando há muitos interessados em comprar dólares, o normal é o BC oferecer mais títulos cambiais, como forma de minimizar os efeitos da demanda sobre o valor da moeda.
No atual cenário, o Banco Central tem aproveitado para resgatar os títulos cambiais e diminuir a parcela de sua dívida atrelada à oscilação do dólar.
Na quarta-feira, quando o mercado retornar do feriado, o BC apresentará o resultado de seu último boletim Focus. Analistas aguardam que o levantamento feito com as instituições financeiras apresente novidades em relação às expectativas de inflação, especialmente a de 2005.
Não será uma boa notícia se ficar registrado que as instituições não estão revisando para baixo suas expectativas.
Um dos motivos que levaram o BC a adotar sua atual política monetária -no mês passado os juros foram elevados de 16,25% para 16,75%- é exatamente a insistente pressão sobre as expectativas futuras de inflação.
(FABRICIO VIEIRA)


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