São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007

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Pai diz que união com Luma de Oliveira foi "erro"

DA SUCURSAL DO RIO

Pai de sete filhos, o engenheiro Eliezer Batista, 83, disse que nunca favoreceu ou ajudou Eike nos negócios. Engenheiro de formação, fez história na Vale do Rio Doce -empresa que presidiu duas vezes (1961-64 e 1979-86). Foi ministro de Minas e Energia de João Goulart (1961-65) e secretário de Assuntos Estratégicos de Fernando Collor (1990-92). Eliezer opina sobre a vida pessoal do filho: o casamento com Luma de Oliveira foi "um erro".  

FOLHA - Seu filho é tido como empresário arrojado. O sr. concorda?
ELIEZER BATISTA
- Louco nós todos somos, dependendo do grau. Mas o negócio dele é um risco calculado. É diferente do jogador. Tudo na vida tem risco, mas é preciso evitar pisar na casca de banana para reduzir o risco.

FOLHA - Qual foi a influência do sr. na vida do seu filho?
BATISTA
- A maior influência veio da mãe. Era luterana, com a disciplina e a dureza de uma alemã criada no pós-guerra. Ela tinha influência enorme sobre os filhos, sempre disse que eles tinham de aprender a viver sozinhos no mundo.

FOLHA - Ele pagou caro pelas áreas de petróleo no leilão?
BATISTA
- Ele tem o pessoal que mais entende disso -aposentados da Petrobras. Ele julgou pela avaliação desses profissionais. Ele sempre se cercou dos melhores profissionais.

FOLHA - Qual era a relação do sr. com a Luma de Oliveira?
BATISTA
- É claro que são personalidades completamente diferentes. Eu mesmo não consigo explicar. É difícil de entender. Mas ele errou e engoliu o erro. É claro que tinha o problema dos filhos. Então, tinha de ter paciência para terminar bem. E terminaram bem.


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