São Paulo, quarta-feira, 03 de janeiro de 2007

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Reajuste na tabela do IR custará R$ 5,7 bi ao governo

A partir deste ano, todo salário até R$ 1.313,69 será isento do pagamento do imposto

Perda de arrecadação que o governo terá ao longo dos quatro anos equivale a 21% do investimento previsto no Orçamento da União

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O reajuste de 4,5% na tabela do IRPF (Imposto de Renda das Pessoas Físicas) custará R$ 5,730 bilhões ao governo nos próximos quatro anos, de acordo com estimativas divulgadas ontem pela Receita Federal.
A perda de arrecadação equivale a 21% do investimento previsto no Orçamento da União deste ano. Ou seja, se não tivesse corrigido a tabela, seria possível elevar os investimentos em R$ 1,230 bilhão neste ano e em R$ 1,635 bilhão em 2010.
Medida provisória publicada em edição extraordinária do "Diário Oficial" da União estabeleceu os novos valores da tabela do IR e das deduções anuais com dependentes e educação, além dos limites máximos para quem preferir fazer a declaração anual simplificada.
Com a publicação da MP, o governo cumpre o acordo feito em dezembro pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, com as centrais sindicais para reajuste do salário mínimo e correção da tabela do IR durante o próximo mandato de Lula.
A partir deste ano, todos os salários até R$ 1.313,69 serão isentos do IR. O limite era para salários até R$ 1.257,12. Se a tabela do imposto não fosse reajustada, todos os trabalhadores com salário acima desse valor estariam pagando 10% ou 27,5% de IR, dependendo do salário. Com a correção anual negociada pelo governo, em 2010 a faixa de isenção terá subido para R$ 1.499,15 por mês.
As deduções por dependentes subirão de R$ 1.516,32 em 2006 para R$ 1.808,28 em 2010. As com educação, para R$ 2.830,84 ao final do mandato do presidente Lula. Já quem optar pela declaração simplificada do IR poderá abater R$ 11.669,72 na declaração deste ano e R$ 13.317,09 na de 2010.


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