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Reajuste na tabela do IR custará R$ 5,7 bi ao governo
A partir deste ano, todo salário até R$ 1.313,69 será isento do pagamento do imposto
Perda de arrecadação que o
governo terá ao longo dos
quatro anos equivale a 21%
do investimento previsto
no Orçamento da União
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O reajuste de 4,5% na tabela
do IRPF (Imposto de Renda
das Pessoas Físicas) custará R$
5,730 bilhões ao governo nos
próximos quatro anos, de acordo com estimativas divulgadas
ontem pela Receita Federal.
A perda de arrecadação equivale a 21% do investimento previsto no Orçamento da União
deste ano. Ou seja, se não tivesse corrigido a tabela, seria possível elevar os investimentos
em R$ 1,230 bilhão neste ano e
em R$ 1,635 bilhão em 2010.
Medida provisória publicada
em edição extraordinária do
"Diário Oficial" da União estabeleceu os novos valores da tabela do IR e das deduções
anuais com dependentes e educação, além dos limites máximos para quem preferir fazer a
declaração anual simplificada.
Com a publicação da MP, o
governo cumpre o acordo feito
em dezembro pelo ministro do
Trabalho, Luiz Marinho, com
as centrais sindicais para reajuste do salário mínimo e correção da tabela do IR durante o
próximo mandato de Lula.
A partir deste ano, todos os
salários até R$ 1.313,69 serão
isentos do IR. O limite era para
salários até R$ 1.257,12. Se a tabela do imposto não fosse reajustada, todos os trabalhadores
com salário acima desse valor
estariam pagando 10% ou
27,5% de IR, dependendo do
salário. Com a correção anual
negociada pelo governo, em
2010 a faixa de isenção terá subido para R$ 1.499,15 por mês.
As deduções por dependentes subirão de R$ 1.516,32 em
2006 para R$ 1.808,28 em
2010. As com educação, para
R$ 2.830,84 ao final do mandato do presidente Lula. Já quem
optar pela declaração simplificada do IR poderá abater R$
11.669,72 na declaração deste
ano e R$ 13.317,09 na de 2010.
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