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Crise no Brasil afeta indústria argentina
das agências internacionais
Os setores automotivo e siderúrgico da Argentina estão reduzindo
suas produções e promovendo demissões em virtude do desaquecimento da economia do país, bastante afetada pela crise brasileira.
A Volkswagen, maior montadora da Europa, espera chegar a um
acordo com os funcionários de sua
fábrica na Argentina até o dia 15
deste mês para cortar cerca de 20%
de sua força de trabalho, o que representa 600 funcionários.
A medida será tomada para compensar o mau desempenho das
vendas para o mercado externo,
sobretudo para o Brasil.
A expectativa da empresa para
este ano é que haja redução de 50%
nas exportações da unidade argentina em comparação ao ano passado.
A decisão da Volkswagen de demitir funcionários segue uma tendência do setor no país.
A Ford, a Fiat e a Renault já promoveram cortes em seus quadros
de funcionários nos últimos meses. Com as demissões da montadora alemã, os desligamentos do
setor podem chegar a 6.000.
A Acindar, uma das maiores siderúrgicas argentinas, também
anunciou ontem que irá cortar sua
produção em cerca de 20%.
O motivo é a queda nas vendas de
automóveis e o desaquecimento da
indústria de construção, grandes
compradores do aço produzido
pela companhia.
"Os setores que a companhia serve, particularmente as indústrias
automotiva e de construção, estão
sofrendo os efeitos da desvalorização da moeda brasileira, o que resultou em queda na demanda pelos produtos da Acindar", diz relatório divulgado ontem.
O governo argentino divulgou
ontem uma nova estimativa de
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), para 3%, índice inferior aos 4,8% projetados anteriormente.
A crise financeira no Brasil também está repercutindo negativamente na arrecadação fiscal da Argentina.
Segundo dados divulgados ontem pelo governo argentino, os tributos arrecadados em fevereiro tiveram queda de 4,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
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