DA REPORTAGEM LOCAL

Os dados sobre o mercado de trabalho norte-americano tiveram um efeito perverso sobre o risco-país brasileiro, que ontem registrou alta de 3,9%, para os 564 pontos.
"A alta do risco-país não representa uma mudança de rumo nem uma maior desconfiança em relação ao Brasil. Foi um reflexo da elevação dos Treasuries [títulos do Tesouro dos Estados Unidos]", diz Christiani Reinaldim, analista de mercados da consultoria Global Invest.
O risco-país é um indicador que mede a diferença do prêmio pago por títulos de um país e pelos papéis do Tesouro dos EUA de prazos semelhantes. Como os papéis do Tesouro norte-americano subiram ontem, o risco-país do Brasil foi pressionado.
Os C-Bonds, papéis da dívida pública brasileira negociados no mercado internacional, encerraram os negócios de ontem com perdas de 1,86%.
No fim do dia, os títulos eram negociados a US$ 0,9606 (96% do valor de face). Esse é o menor valor dos C-Bonds desde o fim de fevereiro.

Liquidez
Reinaldim explica que o fato de os papéis brasileiros terem elevada liquidez, além de terem subido no últimos dias, fez com que o risco brasileiro fosse mais pressionado do que o de outros países.
O risco-país de outros emergentes subiu durante boa parte dos negócios, mas houve uma queda no fim do dia.


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