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Coréia do Sul e EUA fecham acordo comercial
Lee Jin-man/Associated Press
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Sul-coreano segura placa contra acordo com os EUA, em Seul |
ANNA FIFIELD
EOIN CALLAN
DO "FINANCIAL TIMES", EM SEUL
Washington e Seul fecharam
ontem acordo quanto a um tratado comercial histórico, que
vai liberalizar dramaticamente
o comércio entre os dois países
e dar aos norte-americanos um
ponto de entrada para a economia do nordeste da Ásia, enquanto ajuda os sul-coreanos a
modernizar sua economia.
Trata-se do maior acordo comercial para os EUA desde Nafta (Acordo de Livre Comércio
da América do Norte), com Canadá e México, e levará à eliminação de cerca de 95% das tarifas que existem entre os dois
países, em prazo de três anos,
segundo os negociadores.
O acordo pode gerar uma onda de tratados comerciais em
toda a Ásia e é considerado essencial para manter viva a política comercial americana, diante do crescente descontentamento quanto aos benefícios
do livre comércio.
O acordo ainda precisa ser
ratificado pelo Congresso dos
EUA e pela Assembléia Nacional sul-coreana, onde é provável que enfrente dificuldades.
O acordo foi fechado minutos
antes do fim do prazo predeterminado para que o presidente
George W. Bush notificasse o
Congresso de sua intenção de
ratificar o tratado antes que expirasse o "fast track" (autoridade de negociar acordos de comércio sem interferência do
Congresso), o que restringe o
poder da oposição de aprovar
ou vetar o tratado.
Bush enviou uma carta à liderança democrata dizendo que
ele "reforçaria ainda mais a vigorosa parceria entre Estados
Unidos e Coréia do Sul, que serviu como força para a estabilidade e a prosperidade da Ásia".
Os democratas condenaram
o acordo imediatamente, especialmente os de Estados dependentes da agricultura e da indústria automobilística, que
saíram prejudicados com o
acordo. A senadora Debbie Stabenow (Michigan) disse que faria "tudo o que me for possível
para derrotar esse acordo".
Pelo acordos, as tarifas sobre
todos os veículos com motores
de menos de três litros de cilindrada serão eliminadas imediatamente, e, para os motores
maiores, elas serão reduzidas
gradualmente até o cancelamento final, em três anos.
O arroz foi excluído do acordo, respeitando os desejos de
Seul, que se comprometeu a retomar a importação de carne
bovina americana.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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