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Para secretário, 94 anos no caso Daslu é "pouco"
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Fazenda
paulista, Mauro Ricardo
Costa, afirmou ontem que
achou "pouco" a condenação de Eliana Tranchesi,
dona da Daslu, a 94 anos e
seis meses de prisão, e disse que quem sonega "deveria ser pregado na cruz".
A declaração foi feita
após ser questionado sobre o tamanho da pena
aplicada à empresária e ao
irmão dela, Antônio Carlos Piva de Albuquerque.
Os dois e outros cinco
réus, donos de importadoras, foram condenados na
semana passada pela Justiça Federal por crimes de
importação fraudulenta,
formação de quadrilha e
falsidade ideológica. A
sentença é de primeira
instância e cabe recurso.
"Achei pouco [a pena]
porque, segundo informações passadas pelo Ministério Público, ela continuou reincidindo no crime [de importação fraudulenta] cometido anteriormente. Quem sonega
está prejudicando não só
uma pessoa, mas toda a
população. São menos recursos na saúde, na educação, na segurança pública.
[Quem sonega] Deveria
ser pregado na cruz."
A partir da condenação
da dona da Daslu, o secretário diz que espera que
outros casos pendentes na
Justiça -de empresas que
foram alvo de operações
da PF por sonegação fiscal- sejam agilizados.
Procurada pela Folha, a
advogada de Tranchesi,
Joyce Roysen, não foi localizada até a conclusão
desta edição.
(CR e FF)
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