DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar e a Bolsa de Valores de São Paulo repercutiram o mau humor dos investidores internacionais em relação ao Brasil ontem. Mas houve fatores pontuais que afetaram as negociações nos dois mercados.
A Bolsa paulista encerrou o dia em baixa de 4,17% -a maior desde novembro de 2001. O Ibovespa caiu para 12.538 pontos; não se situava abaixo dos 13 mil desde fevereiro. O dólar subiu 1,48%, sua maior alta em um dia desde janeiro. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 2,397 -seu maior valor desde fevereiro.
Além do rebaixamento do Brasil por parte do ABN Amro, especificamente ontem o anúncio da Petrobras de que cancelaria uma emissão de US$ 500 milhões no mercado internacional detonou a desconfiança dos investidores.
A operação era dada como certa há meses. A empresa informou que não vê este como um momento favorável para a emissão. O mercado interpreta que se esta empresa, que consegue taxas de juros melhores até do que o próprio governo brasileiro quando emite títulos no exterior, cancela emissões, não é bom contar com novas captações de empresas brasileiras para já. As ações preferenciais da Petrobras caíram 3,49%.
O dólar também foi pressionado pela notícia de que a Eletrobras também cancelou uma emissão de US$ 150 milhões e pela perspectiva de saída de recursos por parte da AmBev, que comprou parte da cervejaria argentina Quilmes. (APR)


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