São Paulo, sexta-feira, 03 de maio de 2002

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Piora econômica e crise regional afetam risco-país

DA REDAÇÃO

Os analistas de bancos que nesta semana recomendaram a seus clientes que invistam menos no mercado financeiro do Brasil estão atrasados. A mais recente tendência de alta forte da desconfiança dos investidores em relação ao país começou por volta de 15 de abril.
Uma medida corrente dessa desconfiança é o índice de risco-país do Brasil, elaborado pelo banco JP Morgan. Mede o quanto o Brasil tem de pagar a mais de juros que os EUA por ser um país onde é mais arriscado investir.
O risco-Brasil deu saltos nos dias de confusão política na Venezuela, o que afetou o preço do petróleo, e quando caiu o ministro da Economia da Argentina, país que "contamina" o Brasil por ser um destino importante das exportações brasileiras.
O risco subiu ainda com o anúncio do magro superávit das contas públicas (indicador de capacidade de pagar dívidas), da freada no corte de juros e do relatório pessimista do BC sobre a inflação.
A possibilidade de mudança de política econômica com a vitória da oposição, por ora indicada pelas pesquisas, também contribuiu para a subida do risco. Mas foi uma variada conjunção de fatores que levou o país a sofrer de mais desconfiança dos mercados.



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