São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2006

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Petroleiros brasileiros apóiam medida

IVONE PORTES
KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE

O coordenador da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Hélio Seidel, apoiou o decreto do presidente boliviano, Evo Morales, de nacionalizar os negócios de petróleo e gás natural.
"É legitimo, é uma posição sábia. Nós também lutamos pela manutenção e proteção das nossas reservas", disse.
Para Seidel, a decisão boliviana não é danosa para a Petrobras, que, segundo o sindicalista, reduziu investimentos naquele país desde que surgiram discussões sobre a nacionalização.
O que preocupa Seidel é o abastecimento e o preço do gás no Brasil, já que praticamente metade do produto consumido no país vem da Bolívia. "Não há um fornecedor que possa substituir a Bolívia de imediato. A incógnita é como ficará a situação se não houver um acordo."
O Sindicato dos Petroleiros do Estado de São Paulo também se mostrou favorável à posição de Morales. "A posição dos trabalhadores é de apoio integral à decisão do presidente boliviano", disse o diretor do sindicato, Antonio Carlos Spis.
"Se o Brasil pode ter controle sobre o seu petróleo, por que a Bolívia não?", justificou Spis.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) não quis se posicionar até o momento e disse que espera obter mais informações sobre o decreto do presidente boliviano Evo Morales.


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