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Espanha, Chile e UE
mostram apreensão
DA REDAÇÃO
A Espanha afirmou ontem que
a nacionalização do setor de petróleo pela Bolívia terá "conseqüências na relação bilateral" entre os países, ameaça que pode se
traduzir em cancelamento do
perdão de dívidas para o país sul-americano. O governo espanhol
disse que estava "profundamente
preocupado" com a decisão do
governo de Evo Morales e reclamou do "modo como as mudanças foram realizadas".
A Repsol YPF, que, com a Petrobras, está entre as empresas mais
afetadas pela nacionalização, é
hispano-argentina.
O governo espanhol também
disse que se reuniria ainda nesta
semana com as empresas do país
que operam na Bolívia para discutir a situação. A Espanha também disse em comunicado que
estudará o decreto boliviano
"com cuidado" para poder "pedir
os esclarecimentos pertinentes".
O governo do Chile também se
mostrou apreensivo com a decisão, que pode pôr em risco a integração energética da região. "Temos uma preocupação porque os
sistemas de integração estão sendo questionados e alguns parecem estar em crise", disse Alejandro Foxley, chanceler do país.
Europa
A reação da União Européia à
nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos também foi de
preocupação. "A Comissão [Européia, braço executivo do bloco]
recebeu com preocupação o decreto que nacionaliza o setor [de
hidrocarbonetos] boliviano. Nós
esperávamos que houvesse um
processo de discussão e consultas
antes que essas medidas fossem
adotadas", disse um porta-voz.
O chefe da política externa do
bloco, Javier Solana, disse achar
que "[a nacionalização] não será
boa para o futuro econômico e
político da Bolívia".
O candidato nacionalista a presidente do Peru Ollanta Humala
afirmou ontem que sua plataforma não inclui nacionalizações ou
expropriações. "O Peru já teve esta experiência nos anos 1970 e isso
não nos deu os resultados que esperávamos", disse ele.
Com agências internacionais
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