DA REPORTAGEM LOCAL

Uma pesquisa recente da consultoria Bain & Co revelou que houve uma inversão no consumo de luxo no mundo em decorrência da crise financeira.
Em 2010, a China será o carro-chefe das vendas, respondendo, sozinha, por 15% do faturamento do setor. Os asiáticos participarão com 25%.
Não há números para o Brasil, mas a consultoria considera que o país será um dos principais polos de crescimento porque já atrai a atenção das grandes marcas que planejam investir na América Latina.
Nas demais regiões, principalmente EUA, Europa e Japão, o crescimento será menor em decorrência da crise econômica global, que afastou os consumidores das lojas. No Japão, haverá retração.
Oito brasileiros estão na fila de espera para receber a Ferrari 458, lançada há menos de 20 dias na Europa. A expectativa é que, até o fim deste ano, outros 12 clientes façam encomendas do veículo, que não sai por menos de R$ 1,5 milhão.
Segundo a Abeiva, associação que representa os importadores, entre janeiro e março a comercialização de carros de luxo cresceu mais que o triplo que o mercado tradicional. Nesse período, as vendas de marcas de luxo como BMW, Porsche, Mercedes, Jaguar e Ferrari tiveram alta de 56% em relação ao mesmo período de 2009.
Somente a BMW e a Porsche mais que dobraram suas vendas. "Tivemos neste ano o melhor resultado da Porsche no Brasil para um primeiro trimestre", disse Marcel Visconde, presidente da Stuttgart Sportcar, representante da marca no país.
No ano passado, o Brasil se tornou o maior mercado da montadora na América Latina, desbancando o México. "A expansão da classe C puxa as classes A e B, onde estão nossos consumidores. E agora, com a estabilidade cambial, a perspectiva é que o segmento de carros de luxo cresça mais."
Esse segmento foi um dos principais responsáveis pelo desempenho das vendas de artigos de luxo. (JULIO WIZIACK e PAULO DE ARAUJO)


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