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São Paulo, terça-feira, 03 de junho de 2003

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COMÉRCIO EXTERIOR

Superávit vai a US$ 2,5 bi em maio, e exportações em 12 meses atingem valor histórico de US$ 66 bilhões

Balança acumula saldo recorde de US$ 8 bi

ANDRÉ SOLIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As maiores exportações da história e importações estagnadas garantiram nos primeiros cinco meses deste ano um saldo comercial recorde, de US$ 8,045 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2002 a maio de 2003), os dados também quebram recordes históricos.
Pela primeira vez, as exportações brasileiras em 12 meses superaram a marca dos US$ 66 bilhões. Chegaram a US$ 66,517 bilhões. O resultado foi um superávit comercial (exportações menos importações) de US$ 19,272 bilhões. Neste ano, a meta é exportar US$ 68 bilhões.
Desde janeiro, o Brasil tem conseguido aumentar suas vendas em todas as categorias de produtos. As exportações que mais cresceram foram as de produtos básicos (49,1%), como soja e café em grãos. De janeiro a maio deste ano, as exportações brasileiras cresceram em média 29,3% com relação ao mesmo período do ano passado. Passaram de US$ 20,973 bilhões para US$ 27,128 bilhões.
As vendas que menos cresceram foram as de manufaturados, considerados as exportações mais vantajosas para o país. O aumento dessa categoria, que inclui carros e aviões, foi de 23,3%. Mesmo assim, o país nunca exportou tantos manufaturados.
"O preço dos produtos manufaturados estão estáveis. No caso dos básicos, como soja, houve um aumento nos preços", afirma o secretário de Comércio Exterior, Ivan Ramalho, para justificar o desempenho dos bens industrializados (manufaturados) inferior ao das outra categorias.
A estagnação das importações também contribuiu para o maior saldo comercial da história para os primeiros cincos meses do ano. De janeiro a maio, o Brasil comprou do exterior US$ 19,083 bilhões, apenas 0,1% mais que no mesmo período do ano passado.
A estagnação das importações não é necessariamente uma boa notícia. As compras que mais caíram foram as de máquinas e equipamentos (-16%), fundamentais para a modernização e o aumento da capacidade de produção das fábricas no país.
Em maio, a desvalorização do dólar não afetou a balança comercial. Ao contrário do que aconteceu na média do ano, as compras externas de fato caíram, 4,9%. Foram de US$ 3,865 bilhões.
Por outro lado, as exportações cresceram mais que no resto do ano, 43,5%. Chegaram a US$ 6,372 bilhões, o melhor desempenho para um mês de maio. Boas exportações e queda das importações resultaram no melhor saldo comercial mensal da história, de US$ 2,507 bilhões.


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