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São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2003

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Para especialista, preço da gasolina pode cair até 14%

DA FOLHA ONLINE

Na avaliação do especialista em combustíveis Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura), a Petrobras poderia reduzir os preços dos combustíveis no Brasil, apesar da greve geral na Nigéria e da recente alta no mercado internacional.
De acordo com Pires, existe hoje uma defasagem de 14% em relação ao preço da gasolina, 21% no óleo diesel e 10% no gás de botijão.
"Essa defasagem de preços existe desde a Guerra do Iraque, quando o dólar e o preço do petróleo caíram. A redução promovida pela Petrobras em abril [6,5% na gasolina] não foi suficiente para repassar essa diferença para o consumidor", afirmou Pires.
"A Fazenda está utilizando a Petrobras para fazer superávit primário", afirmou o especialista, que interpretou a medida como uma intervenção.
De acordo com Pires, uma queda nas receitas da estatal poderia comprometer o esforço do governo para cumprir a meta fiscal com o FMI (Fundo Monetário Internacional), de 4,25% do PIB.
Para o especialista, esse tipo de atitude do governo traz insegurança aos investidores internacionais e impede que outras empresas importem combustíveis para concorrer com a Petrobras.
"Você não sabe se quem faz política de preços é a Fazenda, a Petrobras ou o Ministério de Minas e Energia", afirmou. "Isso é uma volta ao passado."
Com a decisão, segundo Pires, a Petrobras deve registrar um novo recorde no balanço deste trimestre. No primeiro trimestre, a estatal registrou o maior lucro trimestral de sua história. (EDUARDO CUCOLO)


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