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Marcas das companhias vão continuar a existir
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
A nova empresa que surgir da
fusão da Varig com a TAM vai
manter essas duas marcas nos
vôos que realizar no Brasil. As
duas companhias decidiram ontem manter os dois nomes porque consideram que eles têm força no mercado interno.
Ficou decidido que uma consultoria será contratada assim que
for assinado o acordo de irreversibilidade do processo de fusão. Ela
definirá os Estados onde a TAM é
forte para que essa marca permaneça lá. Nos Estados onde a Varig
tem mais força, será esse o nome
preservado.
As cúpulas das companhias já
acertaram os detalhes jurídicos da
fusão. O nome da futura companhia ainda não está definido. Mas
é certo que não será New Air. Essa
denominação é um nome fictício
que estava sendo utilizado para os
trabalhos de fusão. Ficou acertado que o nome Varig será usado
em todos os vôos internacionais.
Consumidor
Para consultores, a fusão não
deve prejudicar o consumidor.
Segundo José Carlos Martinelli, os
preços das passagens da nova
companhia podem até ficar mais
baixos a médio prazo. "No início
da fusão devem se estabilizar. Mas
a nova empresa ganhará escala de
produção, com mais vôos. O que
pode baratear as passagens a médio prazo", disse Martinelli.
Para Martinelli, é possível que
mais municípios sejam atendidos
pela nova companhia. "Essa fusão
faz parte de um projeto do governo para a aviação. Hoje, menos de
200 dos cerca de 5.000 municípios
do país são atendido por vôos. O
Mato do Grosso do Sul, por exemplo, são pouquíssimos. Isso deve
mudar."
Para Robert Booth, da consultoria americana Avman, é provável
que os planos de milhagem não
sejam prejudicados com a fusão.
Isso porque somente a Varig é ligada a um consórcio de companhias aéreas internacionais, a Star
Alliance. "Os usuários da nova
companhia devem passar a fazer
parte de um só plano de milhagem", disse Booth. Juntas, a Varig
e a TAM têm 6,3 milhões de usuários de planos de milhagem.
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