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Governo ganharia com volume maior
da Reportagem Local
As corretoras de valores dizem
que o governo poderia arrecadar
mais se retirasse a CPMF da Bolsa.
A arrecadação viria do já existente imposto de 10% sobre a rentabilidade dos fundos de ações.
Sem a CPMF, o volume de negócios aumentaria e o governo ganharia na quantidade.
Assim, seria melhor um volume
diário de R$ 912 milhões, como o
de abril, com o imposto de 10%
do rendimento para o governo, a
um giro de R$ 300 milhões (como
o projetado para este mês), com
cobrança de 0,38% sobre as operações financeiras.
Outro argumento é que a Bolsa
é um mecanismo de captação de
recursos para as empresas.
"A CPMF é uma cobrança voraz
para o mercado acionário. Uma
nota de corretagem de R$ 100 mil
deixa R$ 380 para o governo", disse Pedro Marcondes, da Equação
Distribuidora de Títulos.
"Em agosto de 94, nosso volume diário era de US$ 400 milhões,
em média. Estamos regredindo
cinco, seis anos", afirmou.
Em julho, a média da Bovespa
foi de cerca de US$ 276,86 milhões. Além do tributo, as operações em Bolsa são encarecidas pela taxa de corretagem -em média, 0,5% das operações.
Segundo Manoel Felix Cintra
Neto, presidente da BM&F (Bolsa
de Mercadorias & Futuros), a
CPMF coloca as corretoras brasileiras "fora do mercado".
"A CPMF encareceu as operações, e os investidores estão deixando de entrar no país", disse.
"O movimento de paralisação
tem meu apoio", disse Roberto
Dotta, da Tudor Asset Management.
(MaD)
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