São Paulo, Terça-feira, 03 de Agosto de 1999
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Governo ganharia com volume maior

da Reportagem Local

As corretoras de valores dizem que o governo poderia arrecadar mais se retirasse a CPMF da Bolsa.
A arrecadação viria do já existente imposto de 10% sobre a rentabilidade dos fundos de ações. Sem a CPMF, o volume de negócios aumentaria e o governo ganharia na quantidade.
Assim, seria melhor um volume diário de R$ 912 milhões, como o de abril, com o imposto de 10% do rendimento para o governo, a um giro de R$ 300 milhões (como o projetado para este mês), com cobrança de 0,38% sobre as operações financeiras.
Outro argumento é que a Bolsa é um mecanismo de captação de recursos para as empresas.
"A CPMF é uma cobrança voraz para o mercado acionário. Uma nota de corretagem de R$ 100 mil deixa R$ 380 para o governo", disse Pedro Marcondes, da Equação Distribuidora de Títulos.
"Em agosto de 94, nosso volume diário era de US$ 400 milhões, em média. Estamos regredindo cinco, seis anos", afirmou.
Em julho, a média da Bovespa foi de cerca de US$ 276,86 milhões. Além do tributo, as operações em Bolsa são encarecidas pela taxa de corretagem -em média, 0,5% das operações.
Segundo Manoel Felix Cintra Neto, presidente da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a CPMF coloca as corretoras brasileiras "fora do mercado".
"A CPMF encareceu as operações, e os investidores estão deixando de entrar no país", disse.
"O movimento de paralisação tem meu apoio", disse Roberto Dotta, da Tudor Asset Management. (MaD)


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