São Paulo, terça-feira, 03 de setembro de 2002

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Ninguém escapa da redução nos resultados

DA REPORTAGEM LOCAL

A freada na rentabilidade da indústria neste ano atingiu as empresas de forma indiscriminada. Levantamento mostra que fornecedores de alimentos, de eletrônicos e de roupas acumulam margens estreitas e em queda.
Fabricante de DVDs -com todas as peças importadas da Ásia-, de celulares e de filmadoras sentiram um tropeço maior, já que os insumos são cotados em dólares. Fornecedores de aparelhos de ar também.
A Multibrás (dona da Consul e da Brastemp), por exemplo, está com taxas apertadas. Na virada do primeiro para o segundo semestres, a margem líquida estava negativa (-0,28%), inferior à verificada em dezembro (1,74%).
Na tentativa de reduzir o impacto da disparada do dólar, em junho a empresa propôs reajustes ao varejo -outras companhias do setor fizeram o mesmo. Fabricantes de TVs propuseram aumentos de até 30% às lojas. O recado das lojas foi um só: reajuste, só a conta-gotas.
Nos alimentos o cenário é parecido. Em junho de 2001, a Sadia trabalhava com rentabilidade de 20,95% sobre o patrimônio -no mesmo período deste ano, 13,37%.
As margens baixaram de 6,89% para 4,22%. Os gastos elevados com o aumento dos insumos, como o milho, pesaram no resultado.


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