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LEILÃO
Instituições seguem regra do BC
Banco vende agências e depois aluga imóveis
ISABEL CAMPOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Caixa Econômica Federal e o banco ABN Amro/Real vão leiloar parte de seus imóveis ocupados por agências.
A CEF venderá 680 agências, no
valor aproximado de R$ 600 milhões. Os imóveis continuarão
ocupados pela instituição, que assegurará ao novo proprietário um
contrato de locação de dez anos,
renovável por igual período e reajustado pelo IGP-M.
A venda acontecerá por meio de
cinco concorrências públicas. A
primeira abertura de propostas
será no dia 24 deste mês.
O ABN Amro vai leiloar cem
imóveis, com contrato semelhante. Os leilões acontecerão nos dias
17 e 18 deste mês, e o valor mínimo das agências varia de R$ 168
mil a R$ 2,590 milhões.
As instituições estão se desfazendo dos imóveis para se alinharem a duas resoluções do Banco
Central que determinam que, até
2003, as instituições financeiras
poderão ter, no máximo, o equivalente a 50% do seu patrimônio
líquido em ativos permanentes,
como imóveis.
Entre junho e agosto, o Bradesco e o Unibanco também promoveram leilões de suas agências, em
condições parecidas, pelo mesmo
motivo. Se o resultado das vendas
do ABN e da CEF for semelhante
ao registrado por essas duas instituições, a comercialização deverá
ser um sucesso.
"O resultado dos leilões do Bradesco e do Unibanco foi surpreendente. Geralmente, o investidor desse tipo de imóvel exige
rentabilidade de pelo menos 1%
ao mês. No entanto, nos leilões,
muitos compradores aceitaram
um retorno na faixa de 0,7% ao
mês, próximo ao da poupança",
diz Luiz Paulo Pompéia, diretor
da Embraesp (Empresa Brasileira
de Estudos do Patrimônio).
Segundo especialistas, esse tipo
de venda está sendo favorecida
pela instabilidade do mercado financeiro. Com receio do que possa acontecer no próximo governo, investidores de alto poder
aquisitivo estão diversificando
suas aplicações e privilegiando a
segurança em detrimento da rentabilidade.
No caso do Bradesco, foram
vendidas 70 agências, a um preço
médio de R$ 2,5 milhões, totalizando R$ 172 milhões. No primeiro leilão, realizado no final de junho, o ágio médio sobre o preço
mínimo foi de 33,28%; no segundo, o ágio subiu para 42,23%.
O Bradesco está estudando a
realização de um terceiro leilão,
mas ainda não há data definida.
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