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MERCADO EM TRANSE
Ações de seguradoras e de aéreas puxam perdas na Europa; Zurich Financial sofre queda de 11%
Bolsas caem com medo de atentado
DA REDAÇÃO
As ações da Zurich Financial e
de outras seguradoras derrubaram as Bolsas européias ontem,
por causa do temor de que ocorram novos ataques terroristas no
próximo dia 11 de setembro. Aéreas, como a Lufthansa, também
tiveram um dia de queda.
Em caso de um novo ataque, as
seguradoras teriam que arcar
com mais uma rodada de perdas.
As companhias já amargaram
grandes prejuízos em decorrência
dos atentados do ano passado e,
mais recentemente, por causa das
inundações na Europa.
O índice FTSE Eurotop, que lista as 300 principais empresas européias, caiu ontem 1,93%. Apesar do recuo, o índice está cerca de
15% acima de seu pior nível em
cinco anos, registrado no dia 24
de julho. A Bolsa de Frankfurt
caiu 2,79%, e Paris, 2,78%. A Bolsa
de Londres fechou com recuo de
1,1%. Os mercados norte-americanos permaneceram fechados
por causa do Dia do Trabalho, comemorado ontem naquele país.
Para alguns analistas, a recuperação não deverá se sustentar, por
causa da estagnação na atividade
econômica nos países ricos.
"O mercado europeu provavelmente voltará às baixas de julho",
disse Jason James, estrategista do
HSBC na Europa. "O principal
problema é a sobrevalorização
das tecnológicas. Não estamos
convencidos de que já tenhamos
atingido o fundo do poço e consideramos que o mercado americano está sobrevalorizado."
Já outros analistas se mostram
mais otimistas. "Provavelmente o
fundo do poço tenha ficado para
trás, mas seria prematuro falar em
uma forte recuperação", disse Juliet Cohn, do Dresdner RCM Global Investors.
A Zurich Financial, terceira
maior seguradora da Europa, caiu
11% depois que um jornal suíço
informou que a empresa ampliaria seu capital com a venda de US$
2,5 bilhões em ações. A empresa
não confirmou a notícia.
Entre as aéreas, as que mais caíram foram a British Airways (recuo de 4%) e a Lufthansa (queda de 6%). Para os analistas, a tentativa de sequestro ocorrida na semana passada em Londres evidenciou a exposição do setor à
ação de terroristas.
Com agências internacionais
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