São Paulo, terça-feira, 03 de setembro de 2002

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MERCADO EM TRANSE

Ações de seguradoras e de aéreas puxam perdas na Europa; Zurich Financial sofre queda de 11%

Bolsas caem com medo de atentado

DA REDAÇÃO

As ações da Zurich Financial e de outras seguradoras derrubaram as Bolsas européias ontem, por causa do temor de que ocorram novos ataques terroristas no próximo dia 11 de setembro. Aéreas, como a Lufthansa, também tiveram um dia de queda.
Em caso de um novo ataque, as seguradoras teriam que arcar com mais uma rodada de perdas. As companhias já amargaram grandes prejuízos em decorrência dos atentados do ano passado e, mais recentemente, por causa das inundações na Europa.
O índice FTSE Eurotop, que lista as 300 principais empresas européias, caiu ontem 1,93%. Apesar do recuo, o índice está cerca de 15% acima de seu pior nível em cinco anos, registrado no dia 24 de julho. A Bolsa de Frankfurt caiu 2,79%, e Paris, 2,78%. A Bolsa de Londres fechou com recuo de 1,1%. Os mercados norte-americanos permaneceram fechados por causa do Dia do Trabalho, comemorado ontem naquele país.
Para alguns analistas, a recuperação não deverá se sustentar, por causa da estagnação na atividade econômica nos países ricos.
"O mercado europeu provavelmente voltará às baixas de julho", disse Jason James, estrategista do HSBC na Europa. "O principal problema é a sobrevalorização das tecnológicas. Não estamos convencidos de que já tenhamos atingido o fundo do poço e consideramos que o mercado americano está sobrevalorizado."
Já outros analistas se mostram mais otimistas. "Provavelmente o fundo do poço tenha ficado para trás, mas seria prematuro falar em uma forte recuperação", disse Juliet Cohn, do Dresdner RCM Global Investors.
A Zurich Financial, terceira maior seguradora da Europa, caiu 11% depois que um jornal suíço informou que a empresa ampliaria seu capital com a venda de US$ 2,5 bilhões em ações. A empresa não confirmou a notícia.
Entre as aéreas, as que mais caíram foram a British Airways (recuo de 4%) e a Lufthansa (queda de 6%). Para os analistas, a tentativa de sequestro ocorrida na semana passada em Londres evidenciou a exposição do setor à ação de terroristas.


Com agências internacionais


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