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Uso múltiplo ajuda produção, diz a Embrapa
DA REDAÇÃO
O múltiplo uso do sorgo deverá dar sustentação ao avanço do cultivo do grão no país. As empresas de pesquisa já colocam à disposição dos produtores sementes para a produção de grãos, de silagem e, mais recentemente, para pastos e formação de palha para o plantio direto.
O produto serve, ainda, para as chamadas culturas de rotação. Toda vez que fatores ambientais adversos não propiciam bons rendimentos para
milho e arroz, o produtor poderá utilizar o plantio do sorgo.
O sorgo é um produto bem adaptado ao estresse hídrico. É bem mais tolerante à falta de água do que o milho, o que deverá facilitar a sua utilização
em áreas de cerrado, do Centro-Oeste e do Nordeste.
O plantio atual abrange três áreas do país: Sul, Brasil central
(de São Paulo ao Tocantins) e Nordeste, diz Paulo Motta Ribas, consultor da Embrapa Milho e Sorgo.
No Sul, o plantio ocorre desde a década de 60, devido à influência dos argentinos. No Brasil central, a liderança de produção fica com Goiás. Já o
Nordeste é uma das esperanças do crescimento da área plantada, devido à necessidade de milho na região. O avanço da cultura de sorgo na Bahia, no Maranhão e no Ceará poderia diminuir a dependência de milho
que a região tem do Sudeste e do Centro-Oeste.
O valor biológico do sorgo é apenas 6% inferior ao do milho, o que torna os dois produtos praticamente iguais em determinadas aplicações, como a utilização na alimentação do gado confinado.
Para dar maior suporte à cultura do sorgo no Brasil, está sendo realizado nesta semana, em Florianópolis (SC), um congresso para discutir o papel do produto no abastecimento de grãos, a rentabilidade para os produtores e a valorização
do cereal.
Será mostrado aos produtores que regras básicas, como obedecer ao período de plantio de cada região e usar tecnologias disponíveis pela Embrapa
e por outros órgãos de pesquisa, são indispensáveis para o avanço da produção. (MZ)
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