|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PECUÁRIA
Embrapa deve certificar em breve novo modo de detecção da doença
Teste indica brucelose com rapidez
JOSÉ SERGIO OSSE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Gado
de Corte está terminando a certificação de um novo teste de brucelose para bovinos. A maior vantagem para o produtor é a rapidez
do teste, o que contribui para o
controle da doença dentro da fazenda.
O teste, em fase final de certificação, vem logo após o lançamento da campanha do governo para
erradicar a doença no rebanho
brasileiro. De acordo com os pesquisadores da Embrapa, esse novo teste será importante para fazer o controle nos animais e atender às exigências do Ministério da
Agricultura.
A técnica utilizada, "fluorescência polarizada", é simples. Consiste em adicionar uma espécie de
"marcador" químico em amostras frescas de sangue. Esse marcador tem a propriedade de "grudar" na bactéria causadora da
brucelose. Assim, depois de uma
rápida análise, que pode ser realizada no próprio curral, é possível
distinguir os animais estão doentes daqueles que não estão.
Nas amostras dos animais
doentes, o marcador é visto "grudado" às bactérias, ao contrário
das amostras dos animais sãos,
onde ele é visto "solto". A eficiência do teste, segundo pesquisadores da Embrapa, é tão grande
quanto a dos testes utilizados
atualmente.
"Em cinco minutos, sabemos,
com toda a segurança, quais animais estão e quais não estão contaminados", diz Cléber Oliveira
Soares, pesquisador da Embrapa.
Segundo ele, o teste tem sensibilidade muito alta e, com isso, é possível identificar 100% dos animais
infectados. Ainda de acordo com
ele, a utilização dessa técnica é
bastante confiável e reduz a probabilidade de reações positivas
praticamente a zero.
Campanha
O governo federal instituiu prazo até 2004 para que os pecuaristas do país atendam às exigências
do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e
Tuberculose. Neste ano, a exigência é de que todas as fêmeas de bovinos e bubalinos (búfalos) entre três e oito meses sejam vacinadas contra a doença.
Texto Anterior: Uso múltiplo ajuda produção, diz a Embrapa Próximo Texto: Sudeste e Centro-Oeste são mais afetados pela doença no Brasil Índice
|