São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2008

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Para Fiat e Gerdau, crise não afetou demanda no Brasil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os empresários Cledorvino Belini, presidente da Fiat, e Jorge Gerdau, da área siderúrgica, disseram ontem que a crise não afetou a demanda em ambos os setores no Brasil. Eles garantiram que vão manter os planos de investimentos.
A Fiat pretende investir R$ 6 bilhões até 2010. Segundo Belini, a escassez de crédito internacional não será um empecilho porque a montadora tem recursos para financiar os projetos. "Uma das missões da nossa empresa é gerar caixa para fazer investimentos", afirmou.
Para ele, o setor automobilístico pode sofrer uma desaceleração no ritmo de crescimento, o que é natural depois de alguns anos de alta dos negócios, mas não vai haver queda. "Estamos falando de crise há um ano. E no mês passado, o setor automobilístico vendeu 32% a mais que no ano passado".
Gerdau admitiu que uma parte do mercado americano, onde sua empresa tem filiais, desacelerou, principalmente no setor de aços especiais. Mas o executivo afirmou que a demanda mundial por aço continua aquecida. Nos próximos três anos, a Gerdau vai investir R$ 4 bilhões no Brasil.
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, reafirmou ontem que o governo adotará "medidas pontuais" para evitar a queda das exportações, como garantir crédito aos exportadores para Adiantamento de Contrato de Câmbio. Diante da insistência dos jornalistas para comentar os efeitos da crise, disse que "por enquanto nós não temos a crise que vocês querem que eu diga que existe".


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