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São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2003

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Risco menor não deve mudar nota do Brasil, afirma Stand

CÍNTIA CARDOSO
DE NOVA YORK

A despeito da queda recente do risco Brasil, a Standard & Poor's afirma que ainda é cedo para elevar o "rating" (nota de crédito) da dívida soberana do país.
"Vemos desenvolvimentos positivos na economia brasileira, mas ainda é prematuro dizer se eles vão se traduzir na melhora dos "ratings'", disse à Folha Helena Hessel, analista para o Brasil da agência de risco .
Hoje, a avaliação dos papéis brasileiros em moeda estrangeira e em moeda local é BB/estável/B e B+/estável/B, respectivamente.
Segundo Hessel, ao elevar a classificação brasileira de negativa para estável, em abril de 2003, a S&P já havia incluído expectativas positivas em relação ao andamento da economia no decorrer do ano. "[Na ocasião], já prevíamos que muitas dessas melhoras aconteceriam. Logo, para nós, não há novos fatores novos que influenciem no "rating'", disse.
A analista declarou, porém, que dois pontos da economia brasileira superaram as expectativas. O primeiro foi a "atitude mais agressiva do governo" em reduzir a parcela da dívida interna indexada ao dólar. O segundo foi o "elevado" superávit da balança comercial do Brasil. O saldo no ano é de US$ 22,078 bilhões.
A condução da reforma previdenciária, a disciplina fiscal e um relaxamento da política monetária- leia-se redução da Selic (taxa básica de juros)- são outros fatores elogiados.
Mas o panorama é manchado pelo "acúmulo de velhos problemas". A relação entre dívida brasileira e o PIB é "superior a 60% e excessivamente alta", o que torna o Brasil mais vulnerável que os demais países emergentes incluídos na mesma categoria.
O crescimento tímido do PIB neste ano é outro obstáculo para a elevação da classificação do país.

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