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Risco menor não deve mudar nota
do Brasil, afirma Stand
CÍNTIA CARDOSO
DE NOVA YORK
A despeito da queda recente do
risco Brasil, a Standard & Poor's
afirma que ainda é cedo para elevar o "rating" (nota de crédito) da
dívida soberana do país.
"Vemos desenvolvimentos positivos na economia brasileira,
mas ainda é prematuro dizer se
eles vão se traduzir na melhora
dos "ratings'", disse à Folha Helena Hessel, analista para o Brasil da
agência de risco .
Hoje, a avaliação dos papéis
brasileiros em moeda estrangeira
e em moeda local é BB/estável/B e
B+/estável/B, respectivamente.
Segundo Hessel, ao elevar a
classificação brasileira de negativa para estável, em abril de 2003, a
S&P já havia incluído expectativas positivas em relação ao andamento da economia no decorrer
do ano. "[Na ocasião], já prevíamos que muitas dessas melhoras
aconteceriam. Logo, para nós,
não há novos fatores novos que
influenciem no "rating'", disse.
A analista declarou, porém, que
dois pontos da economia brasileira superaram as expectativas. O
primeiro foi a "atitude mais
agressiva do governo" em reduzir
a parcela da dívida interna indexada ao dólar. O segundo foi o
"elevado" superávit da balança
comercial do Brasil. O saldo no
ano é de US$ 22,078 bilhões.
A condução da reforma previdenciária, a disciplina fiscal e um
relaxamento da política monetária- leia-se redução da Selic (taxa básica de juros)- são outros
fatores elogiados.
Mas o panorama é manchado
pelo "acúmulo de velhos problemas". A relação entre dívida brasileira e o PIB é "superior a 60% e
excessivamente alta", o que torna
o Brasil mais vulnerável que os
demais países emergentes incluídos na mesma categoria.
O crescimento tímido do PIB
neste ano é outro obstáculo para a
elevação da classificação do país.
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