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Analistas duvidam de expansão
DA REPORTAGEM LOCAL
O potencial do Brasil de conseguir crescer em torno de 5% pelas
próximas cinco décadas é alvo de
dúvida entre economistas.
Para Antonio Manfredini, professor de economia da FGV-SP, é
até "possível" e "plausível" projetar que o país consiga manter
uma expansão tão robusta. Entre
o pós-guerra e 1980, destaca o
professor, o Brasil conseguiu
manter uma média anual de crescimento do PIB de 7%.
O panorama atual, porém, é
bastante diverso. "Não haverá
crescimento sem investimento.
Para isso, é preciso que o governo
corte gastos correntes e libere parte deles para investimentos", afirmou. Outras receitas para um
melhor desempenho incluem
também um aumento da taxa de
poupança. "Isso seria muito favorecido por mais reformas na Previdência", afirmou.
Já o professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
João Sicsú não se arrisca a olhar
para um futuro econômico tão remoto. Mas, para um futuro imediato com um cenário de taxa de
juros alta, de taxa de câmbio desfavorável para grandes aumentos
da exportação, o economista é categórico: "Não dá para pensar nisso [crescimento de 5,4%]".
O exercício de projeções econômicas para horizontes mais distantes também foi realizado pelo
banco Goldman Sachs. No mês
passado, a instituição divulgou
um estudo no qual afirmava que
os Brics (Brasil, Rússia, Índia e
China) deverão alcançar o mesmo PIB que o G7 em 2040. Atualmente, a cifra está em torno de
US$ 52 trilhões. Em 2050, esse valor chegará a quase US$ 90 trilhões. Segundo o banco americano, o Brasil poderá ser a quinta
economia do mundo em 45 anos,
atrás da China, dos EUA, da Índia
e do Japão, nessa ordem.
A aposta nesse grupo de países
também é feita pelos tomadores
de decisão de grandes empresas
transnacionais. Segundo a PriceWaterHouseCoopers, a maioria
deles pretende aumentar as operações nesses países. O Brasil tem
a preferência de 47% deles. Em
primeiro, a China, com 54%.
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