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TURISMO
Desembolso é de R$ 1.118 em 14 dias, aponta pesquisa
Gasto de turistas no Carnaval do Rio cai 30%, e nš de estrangeiros cresce
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo com os preços dos serviços dentro do esperado pelos
turistas, os visitantes que foram
ao Carnaval carioca gastaram menos neste ano do que em 2005. De
acordo com pesquisa da Fecomercio RJ, em 14 dias de estadia
(média), o gasto médio foi de R$
1.118,09 - retração de 29,5% sobre o ano anterior.
Em 2005, durante os 11 dias de
estadia, o valor atingiu R$
1.585,49. Pelo cálculos iniciais, a
expectativa era que, ao recompor
a inflação de 12 meses, o valor pudesse atingir R$ 1.656 neste ano,
no mínimo, caso nenhum centavo a mais fosse dispensado.
Como há diferença no período
de estadia, pode-se concluir que,
em 2005, a cada dia foi desembolsado R$ 113. Neste ano, o montante atingiu R$ 101, um decréscimo
de 10,6% (sem contar a inflação).
Um valor menor não quer dizer
que o faturamento no Carnaval
na capital carioca tenha caído. Se
o volume de turistas foi maior
neste ano, mesmo com um gasto
menor por pessoa, a receita do setor poderia crescer.
De acordo com a RioTur (Empresa de Turismo do Município
do Rio de Janeiro), era esperado
um aumento de 5% a 10% no número de turistas na festa. Os números estão sendo calculados,
mas, caso a meta seja atingida, teriam chegado à capital fluminense 680 mil visitantes em 2006.
Com essa alta esperada de até
10% e uma queda no volume gasto de quase 30%, a receita no Carnaval tende a cair neste ano.
Foram ouvidos 398 turistas, dos
quais 56,5% oriundos de outros
Estados e cidades e 43,5% de países estrangeiros. Pelas contas, sobe a taxa de participação de visitantes de fora nesse bolo: eles responderam por 40,9% em 2005.
Na análise dos técnicos, como a
valorização do câmbio deixou o
turista estrangeiro com menos
reais para cada dólar gasto, ele pode ter ficado com um volume menor de recursos no bolso. Nesse
caso, a tendência é que, caso não
tenha trazido mais dólares na carteira, teria menos reais para gastar
no país.
No entanto, os estrangeiros não
reclamaram dos preços pagos pelos serviços no Rio. Para a maioria
(52,8%), eles estavam dentro do
calculado pelo viajante.
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