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"Bolha explode só após Olimpíadas"
DE PEQUIM
Se realmente existe uma bolha
no setor imobiliário de Pequim,
ela dificilmente explodirá antes
das Olimpíadas de 2008, avaliam
Julia Fan e Caroline Moulin, que
atuam há anos no mercado local.
O governo chinês está empenhado em apresentar nos jogos
uma cidade moderna, limpa e ocidentalizada. Para isso, adotou
uma medida que, na opinião de
Fan, poderá inflar ainda mais o
setor: proibiu todas as construções na cidade a partir do final de
2006 -algo que seria imaginável
em poucos países além da China.
As construções que não estiverem concluídas terão de ser interrompidas e cobertas. Significa
que até o fim de 2008 toda a intensa atividade de construção que se
vê hoje na cidade estará congelada. E quem quiser estar no mercado até lá tem de se apressar.
Tanto Fan, da CB Richard Ellis,
como Moulin, da Jones Lang LaSalle, prevêem que o mercado
continuará aquecido nos próximos dois anos.
Moulin avalia que a oferta de escritórios classe A irá quase dobrar, passando dos atuais 3,4 milhões de m2 para 6,4 milhões de
m2. O estoque de apartamentos de
alto padrão, que hoje é de 17,4 mil
unidades, deverá chegar a 28 mil
no fim desse período, estima.
"Não creio que haverá problemas no mercado nos próximos
anos, porque há demanda e continuará a existir demanda."
Além das Olimpíadas, que manterão o mercado aquecido, a analista cita a entrada da China na
OMC (Organização Mundial do
Comércio) como outro fator que
manterá a demanda em alta.
De acordo com as exigências da
OMC, o país tem de desregulamentar uma série de setores e, em
conseqüência, permitir a entrada
de concorrentes estrangeiros no
mercado, o que trará novas empresas a Pequim.
Moulin lembra ainda que a China cresce há uma década a um patamar próximo de 9% ao ano, o
que por si só já é um estímulo ao
setor imobiliário.
(CT)
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