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COMÉRCIO INTERNACIONAL
Governo rebate críticas dos EUA sobre barreira comercial
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério das Relações
Exteriores refutou ontem as
críticas presentes em relatório divulgado pelo USTr (Departamento do Comércio
norte-americano) na segunda-feira. A Pasta diz reconhecer o direito de o governo
dos EUA de criticar a capacidade de setores americanos
de entrar no mercado brasileiro, mas afirma que os produtos brasileiros mais competitivos também encontram dificuldades no mercado americano.
Segundo o diretor do Departamento Econômico do
Itamaraty, ministro Roberto
Azevedo, o governo brasileiro não aceita ataques ao modelo econômico como um todo ou ao grau de abertura da
economia brasileira. "O grau
de abertura da economia
brasileira tem tido avanços
significativos e a média das
tarifas de importação está
um pouco acima de 10%."
No documento anual de
avaliação sobre a prática comercial de seus parceiros, o
Brasil está entre os 63 países
que receberam críticas. O
texto afirma que há barreiras, custos e tarifas altas para
exportar para o país.
Segundo Azevedo, a tarifa
de importação que o Brasil
consolidou na OMC (Organização Mundial do Comércio)
é de 35% -tarifa máxima
que o Brasil pode adotar.
Mas o país só usa o limite nas
importações de automóveis.
Segundo o diplomata, são
vários os exemplos de dificuldades para os exportadores venderem aos EUA. Produtores de suco de laranja,
cita ele, pagam taxas que
chegam a 60% e enfrentam
processos de defesa comercial. O brasileiro etanol paga
US$ 0,14 por galão para entrar nos EUA, mais 2,5% sobre o valor da venda.
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