São Paulo, domingo, 04 de maio de 2008

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Nova nota reduz juros e amplia prazo

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a indicação dada pela agência Standard & Poor's de que o país é hoje mais seguro, com baixo risco de não honrar seus compromissos, os investidores tendem a exigir taxas menores de juros para ficar com os títulos que os setores público e privado brasileiro ofereçam lá fora. Com isso, os prazos de vencimento dos papéis devem ser ampliados.
"O "investment grade" vai ajudar especialmente as empresas de menor porte, não afetando tanto as grandes, pois algumas delas já eram grau de investimento", afirma Alexandre Póvoa, diretor responsável pela Modal Asset Management. "A decisão afeta os custos e os prazos especialmente para as pequenas empresas que buscarem o mercado externo para captar recursos", diz.
A queda do risco-país, que chegou ao fim das operações de sexta-feira a 197 pontos, em seu mais baixo nível desde novembro passado, indica que os investidores voltaram a adquirir títulos brasileiros no mercado internacional com maior apetite.
Desde quarta-feira, o risco-país caiu 12%. Ao descer a níveis menores, o risco mostra que os investidores estão mais dispostos a aplicar no país, que carregaria menor probabilidade de calote.
O menor risco brasileiro já registrado foi 138 pontos, em junho de 2007. Já em 2002, no período marcado pela tensão pré-eleitoral, o risco superou os 2.400 pontos.
O risco-país é medido pelo banco norte-americano JPMorgan. Para isso, o banco utiliza uma cesta de papéis da dívida externa de cada país.
Nos períodos em que os investidores se desfazem dos títulos da dívida, demonstrando menor interesse pelos papéis, o risco se eleva. E, quando cresce a procura pelos títulos, o risco encolhe.
Quando vai captar recursos no mercado internacional, cada empresa encontra custos diferentes, dependendo de seu porte, de seus resultados e de sua penetração no exterior. Uma forma de conseguir dinheiro lá fora é ofertando títulos que pagam juros e vencem após certo período. Se a empresa e o país são bem-vistos, os investidores que vão comprar esses títulos exigem taxas mais brandas para ficar com eles.
(FABRICIO VIEIRA)

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