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Nova nota reduz juros e amplia prazo
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a indicação dada
pela agência Standard &
Poor's de que o país é hoje
mais seguro, com baixo
risco de não honrar seus
compromissos, os investidores tendem a exigir taxas menores de juros para
ficar com os títulos que os
setores público e privado
brasileiro ofereçam lá fora. Com isso, os prazos de
vencimento dos papéis devem ser ampliados.
"O "investment grade"
vai ajudar especialmente
as empresas de menor
porte, não afetando tanto
as grandes, pois algumas
delas já eram grau de investimento", afirma Alexandre Póvoa, diretor responsável pela Modal Asset
Management. "A decisão
afeta os custos e os prazos
especialmente para as pequenas empresas que buscarem o mercado externo
para captar recursos", diz.
A queda do risco-país,
que chegou ao fim das operações de sexta-feira a 197
pontos, em seu mais baixo
nível desde novembro passado, indica que os investidores voltaram a adquirir
títulos brasileiros no mercado internacional com
maior apetite.
Desde quarta-feira, o
risco-país caiu 12%. Ao
descer a níveis menores, o
risco mostra que os investidores estão mais dispostos a aplicar no país, que
carregaria menor probabilidade de calote.
O menor risco brasileiro
já registrado foi 138 pontos, em junho de 2007. Já
em 2002, no período marcado pela tensão pré-eleitoral, o risco superou os
2.400 pontos.
O risco-país é medido
pelo banco norte-americano JPMorgan. Para isso, o
banco utiliza uma cesta de
papéis da dívida externa
de cada país.
Nos períodos em que os
investidores se desfazem
dos títulos da dívida, demonstrando menor interesse pelos papéis, o risco
se eleva. E, quando cresce
a procura pelos títulos, o
risco encolhe.
Quando vai captar recursos no mercado internacional, cada empresa
encontra custos diferentes, dependendo de seu
porte, de seus resultados e
de sua penetração no exterior. Uma forma de conseguir dinheiro lá fora é ofertando títulos que pagam
juros e vencem após certo
período. Se a empresa e o
país são bem-vistos, os investidores que vão comprar esses títulos exigem
taxas mais brandas para ficar com eles.
(FABRICIO VIEIRA)
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