São Paulo, terça-feira, 04 de junho de 2002

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Previdência privada também perde

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem investiu em fundos de previdência para formar um pé-de-meia para a aposentadoria também sofreu perdas com a mudança na contabilidade dos fundos de investimento.
Os PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) são fundos de investimento com as mesmas características dos DI e dos renda fixa e que têm como diferencial um benefício fiscal. As aplicações correspondentes a até 12% da renda bruta anual do investidor são dedutíveis da sua declaração do Imposto de Renda.
Na última sexta-feira, ao ajustarem o valor das cotas de acordo com as novas normas, os planos administrados pelo Bradesco tiveram perdas que variaram de 1,47% a 3,52%.
Já os planos do banco Santander amargaram cota negativa de 1,45% a 3,58%, os da Vera Cruz Seguradora perderam entre 0,50% e 0,75% e os da Finasa Zurich entre 1,36% e 1,46%. O plano de previdência que mais perdeu foi o BCN Fapi, com queda de 4,28%. Os dados são do site financeiro Fortuna.
Segundo Flávio Perondi, diretor de previdência privada da Real Seguros, "o PGBL é uma aplicação de longo prazo e não faz sentido ficar monitorando sua rentabilidade diária".
Ele alerta os investidores que, temendo nova perdas, pensam em sacar suas aplicações, para o fato de que sobre os resgates incide IR de acordo com a tabela progressiva da Receita Federal. Ou seja, o investidor pode perder até 27,5% do patrimônio acumulado se sair antes de se aposentar.



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