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Nova medida do BC segura dólar e cotação recua 1%, para R$ 2,865
DA REPORTAGEM LOCAL
A nova forma de atuação do
Banco Central no mercado cambial levou o dólar a encerrar mais
um pregão em queda ontem. A
moeda americana fechou com
baixa de 1%, cotada a R$ 2,865.
O BC informou ontem que irá
voltar a utilizar a ração diária de
dólares para tentar acabar com a
falta de liquidez do mercado. Nos
últimos dias, analistas afirmavam
que o dólar subia porque a procura pela moeda era alta, mas havia
falta de vendedores.
O anúncio foi feito pela manhã.
O mercado iniciara o dia nevoso,
repercutindo o rebaixamento da
nota dada pela Standard & Poor's
para a dívida soberana brasileira.
O dólar chegou a subir 1,80%. Logo após a divulgação das medidas,
caía 2%. Mas, durante o dia, a
queda diminuiu.
Para Doron Admoni, do Lloyds
TSB, o fato de o BC ter feito apenas um leilão de linha externa de
US$ 100 milhões desanimou investidores: "Como ele não vendeu
moeda, houve certa frustração".
O BC também tentou por duas
vezes fazer um leilão de "swap"
cambial ontem, mas recusou todas as propostas. Considerou os
prêmios pedidos muito altos.
O mercado classificou a atuação
do BC como positiva, mas avalia
que a tranquilidade está longe.
"Para o dólar subir 2%, está fácil.
Para cair no mesmo ritmo, está
muito difícil", diz Alexandre Silvério, da GAP Asset Management. Para este fim de semana, está prevista a divulgação de novas
pesquisas eleitorais. Se, como especula o mercado, for confirmada
uma estagnação de José Serra
(PSDB) e um crescimento de Ciro
Gomes (PPS), o nervosismo pode
voltar. Segundo um operador, se
o BC vender dólares diretamente
ao mercado hoje, a cotação pode
cair. Isso porque hoje é feriado
nos EUA e o cenário externo, que
tem abalado o mercado nacional,
não terá tanto peso.
(APR)
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