São Paulo, quinta-feira, 04 de julho de 2002

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Fundo diz que América Latina vai crescer menos do que o previsto

DA REDAÇÃO

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Horst Köhler, disse ontem, em Frankfurt, que as perspectivas de crescimento para a América Latina deverão ser revisadas para baixo. Afirmou ainda que a atual crise brasileira é um "problema político" -e não econômico.
Köhler afirmou que a recuperação da economia mundial está "bem encaminhada" e deverá se acelerar no segundo semestre. O diretor previu que os EUA e a União Européia deverão crescer neste ano mais do que o estimado anteriormente.
Quem está indo contra a corrente é mesmo a América Latina. Com o aprofundamento da crise argentina e o contágio de outros países da região, o Fundo já reconhece que as estimativas de expansão na economia dos países da região não será atingida.
Em relação ao Brasil, o diretor do Fundo afirmou que os fundamentos econômicos não justificam a turbulência financeira. A explicação para a insegurança seria a eleição de outubro. "Os mercados e os analistas sofrem de um ataque histérico", afirmou.
Köhler destacou ainda que "Lula afirmou claramente que manterá a atual política fiscal" e disse que o Brasil é "um caso totalmente diferente do argentino". "Ainda há muito o que fazer [no Brasil", mas já houve grandes conquistas", afirmou.
No que diz respeito à Argentina, afirmou que é "possível" que haja um novo pacote de ajuda financeira, assim que o país faça as reformas exigidas pelo Fundo. "Queremos chegar a um acordo com a Argentina", disse.
O diretor do FMI disse que a subida do euro diante do dólar é apenas uma correção de um longo período de depreciação. "É bom que isso ocorra", disse.


Com agências internacionais


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