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Standard & Poor's rebaixa notas de empresas e bancos brasileiros
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
Na esteira do rebaixamento do rating da dívida brasileira, a agência classificadora de risco Standard & Poor's rebaixou ontem os
ratings de longo prazo em moeda local e estrangeira do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do
BNB (Banco do Nordeste do Brasil), de 11 bancos privados e de várias empresas brasileiras.
Os bancos privados que tiveram sua classificação rebaixada foram
Unibanco, Citibank, Cibrasec
(Companhia Brasileira de Securitização), HSBC Bank, Banco do
Brasil, Itaú, Santander Brasil, Santander Meridional, Banespa, Votorantim e ING.
Segundo a S&P, a medida é justificada pela alta concentração de
títulos do governo em poder dos
bancos. No caso das empresas, o
rebaixamento se deve, principalmente, ao grau de endividamento
e às dificuldades de renegociação
de dívida e de obtenção de novos
créditos.
Tiveram suas notas rebaixadas
as empresas AES Sul, Eletropaulo
Metropolitana, Vicunha Têxtil,
Coelba, Cosern, Telemar Norte
Leste, Brasil Telecom e BSE.
Segundo Isaac Zagury, diretor
do BNDES, o rebaixamento não
deverá afetar o orçamento do
banco em 2002. Embora metade
das captações externas venha, em
tempos normais, do mercado de
capitais, neste ano o banco concentrou-se nas agências internacionais, como BID e Banco Mundial. "Entre o final do mês passado e meados deste mês estamos
captando US$ 1,3 bilhão que serão
desembolsados pelo banco ao
longo de 12 meses", diz Zagury.
Para os bancos privados, segundo Jorge Simino, diretor do Unibanco Asset Management, a reclassificação da S&P encarece as
captações feitas no exterior e,
consequentemente, o repasse às
empresas no mercado interno.
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