São Paulo, quinta-feira, 04 de julho de 2002

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Standard & Poor's rebaixa notas de empresas e bancos brasileiros

SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na esteira do rebaixamento do rating da dívida brasileira, a agência classificadora de risco Standard & Poor's rebaixou ontem os ratings de longo prazo em moeda local e estrangeira do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do BNB (Banco do Nordeste do Brasil), de 11 bancos privados e de várias empresas brasileiras.
Os bancos privados que tiveram sua classificação rebaixada foram Unibanco, Citibank, Cibrasec (Companhia Brasileira de Securitização), HSBC Bank, Banco do Brasil, Itaú, Santander Brasil, Santander Meridional, Banespa, Votorantim e ING.
Segundo a S&P, a medida é justificada pela alta concentração de títulos do governo em poder dos bancos. No caso das empresas, o rebaixamento se deve, principalmente, ao grau de endividamento e às dificuldades de renegociação de dívida e de obtenção de novos créditos.
Tiveram suas notas rebaixadas as empresas AES Sul, Eletropaulo Metropolitana, Vicunha Têxtil, Coelba, Cosern, Telemar Norte Leste, Brasil Telecom e BSE.
Segundo Isaac Zagury, diretor do BNDES, o rebaixamento não deverá afetar o orçamento do banco em 2002. Embora metade das captações externas venha, em tempos normais, do mercado de capitais, neste ano o banco concentrou-se nas agências internacionais, como BID e Banco Mundial. "Entre o final do mês passado e meados deste mês estamos captando US$ 1,3 bilhão que serão desembolsados pelo banco ao longo de 12 meses", diz Zagury.
Para os bancos privados, segundo Jorge Simino, diretor do Unibanco Asset Management, a reclassificação da S&P encarece as captações feitas no exterior e, consequentemente, o repasse às empresas no mercado interno.



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