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Funcionalismo terá reajuste, diz Paulo Bernardo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Paulo Bernardo
(Planejamento) informou ontem que o governo manterá os
reajustes para o funcionalismo
federal previstos para este ano.
A medida começou a ser discutida após a queda na receita de
tributos federais ter ficado acima do previsto.
"O presidente orientou que
façamos o cumprimento dos
acordos", afirmou Bernardo
após se reunir, pela manhã,com
o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e outros ministros da
área econômica.
Segundo ele, o governo entendeu que o país não vive uma
situação de "dificuldade extrema" e que, portanto, não seria
preciso adiar os pagamentos.
As projeções do governo indicam aumento de R$ 23 bilhões na folha de pagamento
deste ano. Desse total, R$ 6 bilhões correspondem aos reajustes que serão pagos a partir
deste mês. O restante diz respeito a aumentos que foram
concedidos no ano passado e já
entraram em vigor.
A despesa total com o salário
dos servidores é estimada em
R$ 157 bilhões.
"Eu mesmo recebi, em diversas ocasiões, ligações de deputados da oposição, até de senadores, pleiteando que nós resolvêssemos as questões relativas ao reajuste. Portanto, vocês
não devem acreditar muito nisso aí", disse o ministro, rebatendo as críticas da oposição
sobre o gasto excessivo com a
folha de pagamento.
Segundo a Folha apurou, um
dos motivos que levaram o governo a manter os reajustes
prometidos foi o desgaste que o
Planalto teria com as categorias bastante organizadas do
serviço público, sempre próximas ao PT.
Os principais beneficiados
pelos aumentos salariais a partir deste mês serão os funcionários do Banco Central, da
Receita Federal e do Tesouro
Nacional.
(ANGELA PINHO)
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