São Paulo, sábado, 04 de julho de 2009

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Funcionalismo terá reajuste, diz Paulo Bernardo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) informou ontem que o governo manterá os reajustes para o funcionalismo federal previstos para este ano. A medida começou a ser discutida após a queda na receita de tributos federais ter ficado acima do previsto.
"O presidente orientou que façamos o cumprimento dos acordos", afirmou Bernardo após se reunir, pela manhã,com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros da área econômica.
Segundo ele, o governo entendeu que o país não vive uma situação de "dificuldade extrema" e que, portanto, não seria preciso adiar os pagamentos.
As projeções do governo indicam aumento de R$ 23 bilhões na folha de pagamento deste ano. Desse total, R$ 6 bilhões correspondem aos reajustes que serão pagos a partir deste mês. O restante diz respeito a aumentos que foram concedidos no ano passado e já entraram em vigor.
A despesa total com o salário dos servidores é estimada em R$ 157 bilhões.
"Eu mesmo recebi, em diversas ocasiões, ligações de deputados da oposição, até de senadores, pleiteando que nós resolvêssemos as questões relativas ao reajuste. Portanto, vocês não devem acreditar muito nisso aí", disse o ministro, rebatendo as críticas da oposição sobre o gasto excessivo com a folha de pagamento.
Segundo a Folha apurou, um dos motivos que levaram o governo a manter os reajustes prometidos foi o desgaste que o Planalto teria com as categorias bastante organizadas do serviço público, sempre próximas ao PT.
Os principais beneficiados pelos aumentos salariais a partir deste mês serão os funcionários do Banco Central, da Receita Federal e do Tesouro Nacional.
(ANGELA PINHO)


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