DA REPORTAGEM LOCAL

O envio de recursos para o exterior ajuda a pressionar o dólar. Quando as operações financeiras (como empréstimos externos, ingressos de investimentos estrangeiros e pagamentos de dívidas) apresentam saldo negativo, isso deve ser equilibrado de alguma forma para que uma pressão extra no câmbio seja evitada.
Uma compensação seria saldo positivo no segmento de comércio exterior do mercado de câmbio -a diferença entre os dólares vendidos por exportadores e os comprados por importadores.
Há outros pontos que colaboram para o equilíbrio -ou desequilíbrio- do câmbio. Um deles são as contas CC-5 (contas de pessoas ou empresas residentes ou instaladas no exterior), pelas quais é possível enviar dólares ao exterior. Nos momentos de maior nervosismo, a saída de dólares do país por essa via costuma crescer.
Por outro lado, as intervenções do Banco Central no câmbio ajudam a melhorar a liquidez do mercado. Desde o fim de junho, quando aumentaram as remessas de dólares ao exterior e a procura pela moeda por empresas e investidores, o BC decidiu voltar a intervir no câmbio. Isso é feito principalmente com a venda de dólares para tentar equilibrar oferta e demanda pela moeda.


Texto Anterior: Em transe: Fuga de dólar é a maior desde a máxi de 99
Próximo Texto: Novo acordo deve abrir precedente no FMI
Índice