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Folhainvest
Setor ligado a commodity lidera perdas na Bovespa
Ações de óleo e gás recuam 30% desde final de maio, enquanto Ibovespa caiu 19%
No ano, os fundos FGTS/ Vale já somam perdas de 25%, enquanto os que aplicam em ações da Petrobras recuam 18%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações de empresas ligadas
às commodities estão entre as
que mais têm sofrido na Bovespa. Mesmo com a melhora de
algumas siderúrgicas na semana passada, o segmento aparece
ao lado do petrolífero como
destaque recente de perdas.
Considerando-se um período que vai de 20 de maio
-quando a Bovespa atingiu seu
pico de 73.516 pontos- até o
fim de julho, a Bolsa registrou
desvalorização de 19,06%.
Levantamento feito pela
Economática mostra que o setor de petróleo e gás é o que
mais sofreu no período, com
depreciação de 30,03%. O de siderurgia e metalurgia aparece
com perdas de 21,37%.
Boa parte da queda desses setores se explica pela saída de
capital externo da Bolsa paulista. Os estrangeiros são grandes
aplicadores em papéis como os
de Petrobras e Vale.
Para o pequeno investidor,
esse cenário é desanimador. As
ações dessas duas companhias
costumam aparecer em grande
parte dos fundos de ações.
Além disso, foram esses os dois
papéis que os trabalhadores
puderam comprar com parte
de seu FGTS. No ano, o resultado dos fundos FGTS são bem
decepcionantes. Até o dia 29, os
fundos FGTS/Vale tinham desvalorização anual de 24,65%; os
FGTS/Petrobras sofriam perdas de 18,28%.
As commodities testaram
nos últimos meses seus picos
históricos, para depois se afastarem do nível recorde. O petróleo, por exemplo, bateu em
US$ 145 no mês passado, mas
encerrou na sexta-feira negociado a US$ 125,10.
"Como a Bolsa depende muito dos setores ligados a commodities, acaba por sentir de forma mais direta as oscilações
dos papéis desses segmentos",
afirma Rafael Moysés, gestor
da corretora Umuarama.
No período considerado no
estudo, setores mais ligados ao
mercado interno demonstraram melhor resultado que o
Ibovespa. Dentre esses, aparecem alimentos e bebidas, com
recuo de 9,07%, comércio (queda de 12,47%) e finanças e seguros (com baixa de 14,16%).
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