São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2008

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Folhainvest

Setor ligado a commodity lidera perdas na Bovespa

Ações de óleo e gás recuam 30% desde final de maio, enquanto Ibovespa caiu 19%

No ano, os fundos FGTS/ Vale já somam perdas de 25%, enquanto os que aplicam em ações da Petrobras recuam 18%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

As ações de empresas ligadas às commodities estão entre as que mais têm sofrido na Bovespa. Mesmo com a melhora de algumas siderúrgicas na semana passada, o segmento aparece ao lado do petrolífero como destaque recente de perdas.
Considerando-se um período que vai de 20 de maio -quando a Bovespa atingiu seu pico de 73.516 pontos- até o fim de julho, a Bolsa registrou desvalorização de 19,06%.
Levantamento feito pela Economática mostra que o setor de petróleo e gás é o que mais sofreu no período, com depreciação de 30,03%. O de siderurgia e metalurgia aparece com perdas de 21,37%.
Boa parte da queda desses setores se explica pela saída de capital externo da Bolsa paulista. Os estrangeiros são grandes aplicadores em papéis como os de Petrobras e Vale.
Para o pequeno investidor, esse cenário é desanimador. As ações dessas duas companhias costumam aparecer em grande parte dos fundos de ações. Além disso, foram esses os dois papéis que os trabalhadores puderam comprar com parte de seu FGTS. No ano, o resultado dos fundos FGTS são bem decepcionantes. Até o dia 29, os fundos FGTS/Vale tinham desvalorização anual de 24,65%; os FGTS/Petrobras sofriam perdas de 18,28%.
As commodities testaram nos últimos meses seus picos históricos, para depois se afastarem do nível recorde. O petróleo, por exemplo, bateu em US$ 145 no mês passado, mas encerrou na sexta-feira negociado a US$ 125,10.
"Como a Bolsa depende muito dos setores ligados a commodities, acaba por sentir de forma mais direta as oscilações dos papéis desses segmentos", afirma Rafael Moysés, gestor da corretora Umuarama.
No período considerado no estudo, setores mais ligados ao mercado interno demonstraram melhor resultado que o Ibovespa. Dentre esses, aparecem alimentos e bebidas, com recuo de 9,07%, comércio (queda de 12,47%) e finanças e seguros (com baixa de 14,16%).


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