São Paulo, quarta-feira, 04 de setembro de 2002

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Ação do Citi cai mais de 10% por suspeita de fraudes e lucro menor

DA REDAÇÃO

As ações do Citigroup, maior grupo financeiro dos Estados Unidos, tombaram mais de 10% ontem com a notícia de que serão ampliadas as investigações sobre supostos favorecimentos em vendas de ações coordenadas por uma de suas divisões.
O banco, de acordo com investigadores do Congresso norte-americano, teria participado de fraudes em conluio com executivos da empresa de energia Enron e da companhia de telecomunicações WorldCom.
Também ontem, a empresa de consultoria financeira Prudential Securities rebaixou a classificação do banco para "vender", uma nota rara para uma empresa considerada do primeiro time de Wall Street, por causa da perspectiva de queda nos lucros e da possibilidade de a instituição ter que desembolsar indenizações.
"Deverão ocorrer novas audiências no Congresso sobre a participação do Citi nos casos Enron e WorldCom, o que pode deixar o banco em uma situação delicada", afirmou o analista Mike Mayo, da Prudential.
Mas ontem o que mais assustou os investidores foi a notícia de que o procurador de Nova York, Eliot Spitzer, vai aprofundar as investigações de denúncias envolvendo executivos do banco Salomon Smith Barney, a divisão de investimentos do Citi.
Outro motivo de preocupação para os investidores é a elevada exposição desse banco no Brasil -as ações do banco passam a ser investimento arriscado devido ao temor de crise e calote no país. O Citigroup tem cerca de US$ 11 bilhões em empréstimos no país.


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