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Ação do Citi cai mais de 10% por suspeita de fraudes e lucro menor
DA REDAÇÃO
As ações do Citigroup, maior grupo financeiro dos Estados Unidos, tombaram mais de 10% ontem com a notícia de que serão ampliadas as investigações sobre
supostos favorecimentos em vendas de ações coordenadas por uma de suas divisões.
O banco, de acordo com investigadores do Congresso norte-americano, teria participado de fraudes em conluio com executivos da empresa de energia Enron
e da companhia de telecomunicações WorldCom.
Também ontem, a empresa de consultoria financeira Prudential
Securities rebaixou a classificação
do banco para "vender", uma nota rara para uma empresa considerada do primeiro time de Wall
Street, por causa da perspectiva
de queda nos lucros e da possibilidade de a instituição ter que desembolsar indenizações.
"Deverão ocorrer novas audiências no Congresso sobre a participação do Citi nos casos Enron e
WorldCom, o que pode deixar o
banco em uma situação delicada", afirmou o analista Mike Mayo, da Prudential.
Mas ontem o que mais assustou
os investidores foi a notícia de que
o procurador de Nova York, Eliot
Spitzer, vai aprofundar as investigações de denúncias envolvendo
executivos do banco Salomon
Smith Barney, a divisão de investimentos do Citi.
Outro motivo de preocupação
para os investidores é a elevada
exposição desse banco no Brasil
-as ações do banco passam a ser
investimento arriscado devido ao
temor de crise e calote no país. O
Citigroup tem cerca de US$ 11 bilhões em empréstimos no país.
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