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Venda à vista cai pela 1ª vez no ano em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez no ano, as
vendas à vista registraram queda em São Paulo, e o desempenho do comércio foi sustentado apenas pelos negócios parcelados -num sinal evidente
de que a expansão no consumo
está "montada" nas operações
a prazo.
As consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), indicador das vendas em parcelas,
aumentaram 4,3% em setembro deste ano sobre o mesmo
mês de 2004. Toda vez que uma
loja fecha uma operação, ela
pode consultar o SCPC para verificar se o cliente é inadimplente ou não.
Já as consultas ao UseCheque, utilizado como balizador
das vendas à vista, diminuíram
2,5% no mesmo período. Detalhe: de janeiro a agosto, só foram registradas taxas positivas.
Em relação ao mês de agosto
deste ano, as consultas -tanto
ao SCPC como ao UseCheque- apresentaram uma queda de 10,6%.
Para o presidente da ACSP,
Guilherme Afif Domingos, essa
queda observada em setembro
é resultado das elevadas taxas
de juros. Em comunicado, ele
diz que "a desaceleração só não
foi maior por causa da grande
oferta de financiamento, especialmente com o crédito e as intensas promoções feitas pelo
varejo".
Além disso, afirma ele, a redução nas consultas das operações à vista pode ser explicada,
em parte, pelo impacto do clima no desejo de compra do
consumidor. Os dias frios no
mês passado impediram que as
lojas conseguissem vender a
sua coleção primavera-verão. E
as liquidações de inverno já
acabaram.
Inadimplência
Um aumento nas vendas parceladas faz crescer o temos de
calotes futuros do consumidor.
Por isso esses dados mensais de
vendas estão sendo observados
de perto pelos especialistas.
Os registros recebidos (carnês em atraso incluídos no
SCPC) tiveram aumento de
11,1% em setembro sobre igual
intervalo do ano passado. Já os
cancelados (carnês excluídos)
registraram alta de 9% sobre
setembro.
Em volume, há mais pessoas
entrando na lista de devedores
do que saindo dela.
Em relação a agosto deste
ano, os registros recebidos sofreram uma queda de 1,1%, e os
cancelados, de 2,2%, respectivamente.
(AM)
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