São Paulo, terça-feira, 04 de outubro de 2005

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Costa e operadoras voltam a discutir telefone social

ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, tem reunião marcada para hoje de manhã em Brasília com os presidentes das companhias telefônicas a fim de rediscutir o projeto do telefone social. Segundo ele, o objetivo é aprimorar a proposta que foi anunciada na quarta.
Segundo Costa, o preço da assinatura básica mensal pode baixar em relação ao anunciado, de R$ 19,90, incluindo impostos. Uma das principais razões da renegociação é a constatação, pelo governo, de que o produto não pode ser restrito a famílias com renda de até três salários mínimos, porque a Lei Geral de Telecomunicações obriga a isonomia de tratamento aos clientes. Costa disse que o telefone social terá de ser oferecido a todos os assinantes.
Ele disse que trabalha para a redução do valor da assinatura básica, mas que ela terá de ser feita de forma gradual. "Se eu disser que a partir de amanhã vou acabar com a assinatura básica, perco o emprego. Na mesma hora, eles [os dirigentes das empresas] vão encontrar um jeito de tirar o ministro das Comunicações", disse Costa.
O ministro disse que tentará encontrar um caminho com os presidentes das empresas para estender o telefone social a todos e rebatizou o produto anunciado na semana passada de Aice-2, numa referência ao Aice (Acesso Individual de Classe Especial), que está sendo regulamentado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e será lançado oficialmente em janeiro no próximo ano.
O ministro insistiu em que os assinantes do plano básico atual não pagarão tarifa diferenciada quando ligarem dos telefones residenciais para os telefones sociais, mas admitiu que a tarifa de interconexão, que recai sobre as operadoras, será diferenciada.


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