São Paulo, terça-feira, 04 de outubro de 2005

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COMPETITIVIDADE

Furlan afirma que texto será enviado ao Congresso nos próximos dias; procedimento hoje leva cinco meses, em média

Projeto prevê abertura de empresa em 15 dias

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse que o governo enviará nos próximos dias ao Congresso Nacional o projeto de lei que simplifica o registro de empresas e reduz de 152 para 15 dias o tempo de realização do procedimento.
O longo prazo de abertura de pessoas jurídicas é um dos elementos que reduzem a eficiência da economia brasileira. O Banco Mundial colocou o Brasil no 119º lugar em pesquisa que analisou o clima para negócios em 155 países. O Brasil também caiu da 57ª para a 65ª posição no ranking de competitividade elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.
Furlan foi aplaudido quando anunciou o envio do projeto em encontro com empresários no Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
A proposta foi apresentada pelo ministro como uma das iniciativas que podem compensar a redução da competitividade da economia brasileira decorrente da valorização do real. Segundo ele, a desoneração tributária, a melhoria da infra-estrutura e a redução da burocracia são medidas que podem diminuir o custo Brasil e amenizar o impacto do câmbio.
O projeto de simplificação do registro de empresas é resultado de estudos realizados nos últimos três anos. A principal mudança é a criação de um cadastro único, que permitirá ao interessado abrir ou fechar a empresa em uma única repartição pública, sem precisar percorrer a inúmeros órgãos municipais, estaduais e federais, como atualmente.

Imagem
O ministro também defendeu a mudança da imagem brasileira dentro e fora do país. "Ainda temos uma imagem estereotipada: samba, café e Pelé". Furlan ressaltou que o café é o 13º item da pauta de exportação do Brasil, atrás de produtos como aviões, automóveis e autopeças.
Como estava em um evento que reuniu empresários brasileiros e italianos, Furlan fez um paralelo com a Itália, país que nos anos 70 tinha uma imagem marcada pela instabilidade política e hoje é reconhecido pela excelência de seu design e de sua moda.
"Somos muito melhores do que nós pensamos e do que os outros pensam, mas falhamos na comunicação do que fazemos e de qual o potencial que o país tem."
(CLÁUDIA TREVISAN)

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