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COMPETITIVIDADE
Furlan afirma que texto será enviado ao Congresso nos próximos dias; procedimento hoje leva cinco meses, em média
Projeto prevê abertura de empresa em 15 dias
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse
que o governo enviará nos próximos dias ao Congresso Nacional
o projeto de lei que simplifica o
registro de empresas e reduz de
152 para 15 dias o tempo de realização do procedimento.
O longo prazo de abertura de
pessoas jurídicas é um dos elementos que reduzem a eficiência
da economia brasileira. O Banco
Mundial colocou o Brasil no 119º
lugar em pesquisa que analisou o
clima para negócios em 155 países. O Brasil também caiu da 57ª
para a 65ª posição no ranking de
competitividade elaborado pelo
Fórum Econômico Mundial.
Furlan foi aplaudido quando
anunciou o envio do projeto em
encontro com empresários no
Ciesp (Centro das Indústrias do
Estado de São Paulo).
A proposta foi apresentada pelo
ministro como uma das iniciativas que podem compensar a redução da competitividade da economia brasileira decorrente da
valorização do real. Segundo ele, a
desoneração tributária, a melhoria da infra-estrutura e a redução
da burocracia são medidas que
podem diminuir o custo Brasil e
amenizar o impacto do câmbio.
O projeto de simplificação do
registro de empresas é resultado
de estudos realizados nos últimos
três anos. A principal mudança é
a criação de um cadastro único,
que permitirá ao interessado
abrir ou fechar a empresa em uma
única repartição pública, sem
precisar percorrer a inúmeros órgãos municipais, estaduais e federais, como atualmente.
Imagem
O ministro também defendeu a
mudança da imagem brasileira
dentro e fora do país. "Ainda temos uma imagem estereotipada:
samba, café e Pelé". Furlan ressaltou que o café é o 13º item da pauta de exportação do Brasil, atrás
de produtos como aviões, automóveis e autopeças.
Como estava em um evento que
reuniu empresários brasileiros e
italianos, Furlan fez um paralelo
com a Itália, país que nos anos 70
tinha uma imagem marcada pela
instabilidade política e hoje é reconhecido pela excelência de seu
design e de sua moda.
"Somos muito melhores do que
nós pensamos e do que os outros
pensam, mas falhamos na comunicação do que fazemos e de qual
o potencial que o país tem."
(CLÁUDIA TREVISAN)
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