DA REDAÇÃO

Soja e carnes, as vedetes do agronegócio nas exportações deste ano, perderam fôlego no mês passado e renderam menos do que em agosto. Mesmo assim, as receitas deste ano até setembro superam as de igual período de 2004.
Os dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior mostram que as exportações do chamado complexo soja (grãos, farelo e óleo) recuaram para US$ 812 milhões, 26,7% menos do que as de agosto.
A soja em grãos, que somou US$ 547 milhões, rendeu 21% menos, enquanto o farelo caiu para US$ 214 milhões, com recuo de 30%. A maior queda percentual ficou para o óleo, que recuou para US$ 51 milhões (menos 51%).
As carnes também perderam ritmo, com receitas de US$ 622 milhões, 12,6% menos do que no mês imediatamente anterior. As maiores quedas, em receita, ocorreram nas carnes bovinas, que recuaram para US$ 210 milhões, com retração de 25,5%.
Já as carnes suínas, ao somarem US$ 98 milhões em setembro, ficaram 13,2% abaixo das de agosto. As receitas obtidas com a carne de frango somaram US$ 314 milhões e ficaram praticamente estáveis em relação a agosto, segundo a Secex.
As receitas com café também pararam de subir. Após o recorde do ano, de US$ 246 milhões em agosto, o café em grãos rendeu US$ 187 milhões no mês passado. A queda se deve ao recuo dos preços no mercado internacional.
Outro produto que vem despontando neste ano, o açúcar, também registrou receita menor. O açúcar bruto e refinado rendeu US$ 376 milhões em setembro, 8% menos do que no mês imediatamente anterior.
Tomando como base os 14 principais produtos do agronegócio, as receitas deste ano já somam US$ 21,8 bilhões, 12% mais do que as de janeiro a setembro de 2004. As exportações de soja somam US$ 7,2 bilhões, com queda de 16% em relação ao ano passado. Já as carnes renderam US$ 5,2 bilhões, com alta de 38%. (MZ)


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