São Paulo, terça-feira, 04 de novembro de 2003 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Novos tempos O Brasil entra na lista dos exportadores de trigo. Será a primeira vez que o país exportará o cereal, e as vendas serão feitas por uma grande cooperativa do Paraná. O volume é de 25 mil toneladas. O destino será o mercado chileno. O produto é de qualidade e segue os preços internacionais. Dificuldades internas As exportações ocorrem em um período de produção recorde no Brasil e de preços baixos para os produtores. Após o término da colheita do cereal no Paraná, o mercado de trigo esteve parado e os moinhos não se interessaram pelo produto nacional. A saída foi a busca do mercado externo. História conhecida Há três anos, o Brasil obteve uma supersafra de milho, e os preços internos despencaram. A saída foi o caminho externo, o que deu certa estabilidade aos preços. Alguns analistas dizem que essas exportações de trigo também são importantes para dar sustentação aos preços internos. Dependente Apesar dessas exportações, o Brasil continua dependente de trigo externo. Neste ano, a safra brasileira supera 5 milhões de toneladas, mas o consumo será de 9 milhões a 10 milhões. Os preços do trigo estão bem menos aquecidos neste ano, após a forte aceleração em 2002. Venda de sêmen O Ministério da Agricultura está oferecendo 128 mil doses de sêmen bovino para a pecuária de leite. O sêmen é importado e com preços abaixo dos de mercado. Informações pelos telefones 0/xx/ 61/224-2100 e 0/xx/61/218-2442. Máquinas paradas Uma das multinacionais que atuam no Brasil parou a moagem de soja em uma das suas plantas. A análise do mercado é que os preços elevados do produto tornaram as margens negativas. Outros dizem que a parada é estratégica. No final do ano, os preços da soja estarão mais elevados, e os lucros serão maiores. Negócios inviabilizados O apetite asiático, que é grande, vai determinar os preços da soja nos próximos meses. Se a soja chegar a US$ 8,50 por bushel, os negócios podem ficar inviáveis, diz um analista do setor. As vendas futuras para abril já chegam a US$ 14,30 no mercado interno. Exportações de milho As contratações de exportações de milho para este mês, dezembro e janeiro aumentaram muito, o que deu nova sustentação aos preços internos. Os preços subiram, em média, R$ 0,50 por saca. Em algumas das principais praças, a alta foi de R$ 1 por saca. Alta no Sul O atraso de um navio com arroz importado dos Estados Unidos forçou algumas indústrias paulistas a buscar o produto no Sul. Foi o suficiente para o preço do arroz em casca subir de R$ 33 para até R$ 35 por saca. Essa elevação provocou reajuste de 2% nos preços do fardo no mercado paulista. Preços agrícolas Os preços recebidos pelos produtores paulistas subiram 0,93% em outubro. No ano, a alta é de 0,48%, segundo o IEA. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: BC facilita compra de dólares pelo Tesouro Próximo Texto: Fraudes do capital: Onda de acusações ameaça fundos nos EUA Índice |
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