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MEGAFUSÃO / CONCORRÊNCIA
Bradesco deve ir às compras de olho no topo, diz analista
Esse seria o caminho para o banco voltar a ser a maior instituição privada do país
O problema é que, agora, poucas instituições teriam porte para elevar posição
do Bradesco no ranking;
elas negam estar à venda
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Bradesco se afastou da liderança do ranking dos maiores bancos privados do país,
após a anunciada fusão do Itaú
com o Unibanco. Agora, avaliam analistas, o caminho para
o Bradesco será o de buscar novas aquisições para se reaproximar do topo. O problema é que
poucas instituições financeiras
teriam porte suficiente para
elevar consideravelmente o
Bradesco no ranking -e negam
que estejam para ser vendidas.
Na avaliação do Bradesco, a
fusão "amplia a disputa no já
competitivo mercado financeiro brasileiro".
"Para o Bradesco e seus
clientes, nada muda. A concorrência e a superação de desafios
são elementos presentes na
história empresarial de sucesso
do Bradesco desde sua fundação, em 1943", afirmou o banco
em nota.
"A base de nossa estratégia
permanece a mesma: oferecer
um padrão de alta qualidade e
eficiência administrativa aos
nossos 37,1 milhões de clientes,
por meio de uma rede de 30.671
pontos de atendimento, com
presença em todos os municípios brasileiros, e a permanente busca de evolução dos nossos
fundamentos em favor dos
acionistas", afirmou a instituição.
Enquanto o Bradesco contava com ativos totais de R$ 422,7
bilhões no final do terceiro trimestre, a instituição criada
após a fusão de Itaú e Unibanco
passa a ter ativos de R$ 575,1 bilhões. Antes da fusão, o Itaú registrava ativos de R$ 396,6 bilhões, e o Unibanco, de R$ 178,5
bilhões (dados do 3º trimestre).
"O Bradesco tem uma série
de opções para olhar e não podemos esquecer do setor segurador, que tem sido relevante
para a instituição. O banco vem
de um processo de integração,
digerindo as instituições que
adquiriu nos últimos tempos, e
mostra estar com o caixa fortalecido para buscar novas aquisições", diz Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da Austin Rating.
Apesar de nenhuma operação ter sido anunciada até o
momento, o governo baixou no
mês passado uma medida provisória pela qual liberou os bancos públicos para comprar participações em outras instituições financeiras ou empresas.
Com isso, Banco do Brasil e
Caixa Econômica Federal também podem crescer ainda mais,
em breve. Uma operação que,
espera-se, seja anunciada ainda
neste ano é a aquisição da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil.
Para Jordão Resende, analista financeiro do Inepad (Instituto de Ensino e Pesquisa em
Administração), "o Bradesco
sempre teve uma estratégia de
crescimento, voltado à liderança do mercado".
"Dessa forma, não me surpreende se, em breve, tivermos
o banco anunciando a aquisição de alguma instituição financeira de médio ou pequeno
porte", afirma.
Entre os maiores negócios
fechados pelo Bradesco do ano
passado para cá, aparecem a
aquisição das operações da
Amex e as compras do banco
BMC e da corretora Ágora.
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