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Acionistas da GVT retiram barreira à venda da tele
Mudança permitirá venda abaixo do valor de mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
Os acionistas da GVT decidiram ontem, por unanimidade,
retirar do estatuto da operadora de telefonia as cláusulas que
só permitiam sua venda a um
preço 25% superior ao negociado em mercado.
Caso a cláusula fosse mantida, o interessado em comprá-la
teria de pagar R$ 63 por ação,
considerando a cotação mais
alta dos últimos 12 meses.
Por garantia, os acionistas estabeleceram que a oferta mais
baixa será de R$ 48 por ação.
Ontem, os papéis da GVT fecharam em R$ 51, alta de 1,19%.
No mês, a valorização já chegou
a 24% devido à expectativa por
uma "guerra de ofertas" entre
Telefônica e Vivendi, as duas
companhias que disputam a
compra do controle da GVT,
provocando a alta dos papéis.
Os acionistas definiram ainda que a venda deverá ser concretizada até 28 de fevereiro de
2010, e o pagamento, realizado
em dinheiro. O comprador terá
ainda de demonstrar capacidade financeira para adquirir
100% do capital, mesmo que fique com 51% do capital, passando a ser controlador.
Os franceses da Vivendi foram os primeiros a dar um lance pela GVT, no início de setembro, oferecendo R$ 42 por
ação e exigindo a retirada da
cláusula, conhecida como "poison pill" (pílula do veneno). Por
100% do capital, pagariam cerca de R$ 5,7 bilhões.
Um mês após, a Telefônica
anunciou que compraria ao
menos 51% das ações da GVT
no mercado por R$ 48 cada
uma. Por 100% dos papéis pagaria R$ 6,5 bilhões. Ela também pedia a retirada da "poison
pill". A compra, marcada para o
dia 19, depende de aprovação
da Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações).
Mais da metade das ações da
GVT é de estrangeiros. A Telefônica também é acionista da
operadora, com menos de 5%
de participação, e absteve-se da
votação de acionistas ontem.
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