São Paulo, quarta-feira, 04 de novembro de 2009

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Acionistas da GVT retiram barreira à venda da tele

Mudança permitirá venda abaixo do valor de mercado

DA REPORTAGEM LOCAL

Os acionistas da GVT decidiram ontem, por unanimidade, retirar do estatuto da operadora de telefonia as cláusulas que só permitiam sua venda a um preço 25% superior ao negociado em mercado.
Caso a cláusula fosse mantida, o interessado em comprá-la teria de pagar R$ 63 por ação, considerando a cotação mais alta dos últimos 12 meses.
Por garantia, os acionistas estabeleceram que a oferta mais baixa será de R$ 48 por ação. Ontem, os papéis da GVT fecharam em R$ 51, alta de 1,19%. No mês, a valorização já chegou a 24% devido à expectativa por uma "guerra de ofertas" entre Telefônica e Vivendi, as duas companhias que disputam a compra do controle da GVT, provocando a alta dos papéis.
Os acionistas definiram ainda que a venda deverá ser concretizada até 28 de fevereiro de 2010, e o pagamento, realizado em dinheiro. O comprador terá ainda de demonstrar capacidade financeira para adquirir 100% do capital, mesmo que fique com 51% do capital, passando a ser controlador.
Os franceses da Vivendi foram os primeiros a dar um lance pela GVT, no início de setembro, oferecendo R$ 42 por ação e exigindo a retirada da cláusula, conhecida como "poison pill" (pílula do veneno). Por 100% do capital, pagariam cerca de R$ 5,7 bilhões.
Um mês após, a Telefônica anunciou que compraria ao menos 51% das ações da GVT no mercado por R$ 48 cada uma. Por 100% dos papéis pagaria R$ 6,5 bilhões. Ela também pedia a retirada da "poison pill". A compra, marcada para o dia 19, depende de aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Mais da metade das ações da GVT é de estrangeiros. A Telefônica também é acionista da operadora, com menos de 5% de participação, e absteve-se da votação de acionistas ontem.


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