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ÁGUIA EM TRANSE
Ações da empresa caem 14%; Ford vende menos e perde 13%
AOL vê queda de 50% em anúncios
DA REDAÇÃO
A AOL Time Warner, maior
grupo de mídia do planeta, prevê
queda de 50% na receita publicitária de sua divisão para internet,
a America Online, no próximo
ano. Para contornar o tombo, a
empresa irá se concentrar em serviços de alta velocidade e passará
a cobrar pelo acesso a publicações
do grupo.
As perspectivas negativas fizeram as ações da AOL cair 14%, o
maior tombo desde 25 de julho,
quando a companhia informou
que estava sob investigação da
SEC (Securities and Exchange
Commission, órgão federal que
fiscaliza o mercado financeiro). A
queda derrubou as principais Bolsas dos EUA. O Dow Jones teve
perda de 1,35%, a Nasdaq caiu
2,4% e o índice Standard & Poor's
500 cedeu 1,5%.
A Ford também pesou, ao cair
13% depois de ter divulgado retração de 21% em suas vendas nos
Estados Unidos.
A Nokia, maior fabricante mundial de celulares, caiu 4,6% depois
de ter informado que espera queda de 10% no investimento em infra-estrutura do setor em 2003.
A crise no mercado publicitário
on-line teve início logo depois da
aquisição da Time Warner pela
American Online, em 2001. Quando o negócio foi fechado, as companhias afirmaram que a fusão
permitiria a exploração inédita de
todos os meios de comunicação.
Fazem parte do grupo a revista
"Time", a rede de TV a cabo CNN,
os estúdios Warner Bros. e a gravadora Warner Music.
A AOL investirá na ampliação
da sua base de clientes de serviços
de alta velocidade, que permitem,
por exemplo, o acesso rápido a filmes e a músicas.
"Perdemos a primeira onda da
banda larga porque fomos muito
tímidos", afirmou o presidente da
America Online, Jon Miller.
Europa
O presidente do Banco Central
Europeu, Wim Duisenberg, sinalizou ontem que a instituição cortará os juros em sua reunião de
amanhã. Duisenberg destacou
que os sinais de desaquecimento
econômico são mais preocupantes hoje do que a inflação. A taxa
de juros está em 3,25% ao ano.
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