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AVIAÇÃO
Empresa ocupa espaços que poderiam ser locados
Transbrasil, há um ano sem voar, ainda gera prejuízo ao governo
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Mesmo sem voar há um ano, a
Transbrasil dá um prejuízo mensal de R$ 4 milhões aos cofres públicos. Esse é o valor que a estatal
Infraero (Empresa Brasileira de
Infra-Estrutura Aeroportuária)
deixa de arrecadar com o aluguel
de espaços ainda mantidos pela
empresa em alguns aeroportos.
O DAC (Departamento de
Aviação Civil) prepara um estudo
que deve recomendar ao Ministério da Defesa a suspensão da concessão da Transbrasil. Caso a sugestão seja aceita, será decretada a
caducidade da companhia, o que
a impediria de voltar a voar.
A Transbrasil deixou de decolar
no dia 4 de dezembro de 2001 por
não ter, na época, dinheiro para
abastecer as aeronaves.
Desde então, a Infraero tenta retomar balcões de atendimento e
hangares nos principais aeroportos do país, que poderiam ser locados a outras empresas. A
Transbrasil obteve na Justiça, no
início do ano, uma liminar que
lhe garante o uso dos espaços.
A Transbrasil deve R$ 139 milhões à Infraero. Com a BR Distribuidora, o débito é de R$ 12,7 milhões. A dívida total é de R$ 1,1 bilhão, segundo a própria empresa.
Segundo o porta-voz da Transbrasil, Carlos Badra, a empresa
pretende voltar a voar e trabalha
num plano de reestruturação a
ser apresentado ao DAC, mas não
há data para que isso ocorra.
Mesmo se tivesse condições de
voar, a Transbrasil estaria impedida pelo DAC. No começo do
ano, ela perdeu o certificado de
homologação dado pelo órgão. O
documento atesta que uma empresa tem condições de voar e que
está com a manutenção em dia.
Em relação à retomada de hangares, Barda afirmou que são patrimônio da companhia e que não
devem ser entregues à Infraero.
A empresa deixou cerca de 1.200
funcionários sem receber. Brada
disse que as dívidas trabalhistas
que são executadas na Justiça têm
sido pagas com parte dos ativos.
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