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Lei do Gás passa no Senado, mas volta à Câmara
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Senado aprovou ontem,
em votação simbólica (sem
registro nominal de votos), o
texto negociado entre o governo e a iniciativa privada
que institui a Lei do Gás.
Como houve alterações
feitas pelos senadores, o texto retorna à Câmara dos Deputados para nova votação.
Segundo Marcelo Moraes,
diretor de relações institucionais da Abiape (Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de
Energia Elétrica), o acordo
solucionou um dos gargalos
da lei: o monopólio da distribuição, que pela Constituição é concessão estadual.
Pelo acordo, grandes consumidores de energia poderão produzir gás natural para
o próprio consumo.
O texto permite aos autoprodutores utilizar a infra-estrutura de transporte das
distribuidoras para transportar o gás até a unidade industrial. No modelo atual, o
autoprodutor tem que vender à distribuidora o gás e recomprá-lo pagando a margem da distribuição, o que
inviabilizava planos de companhias que têm projetos em
exploração e produção de gás
para atender a própria demanda.
Outra possibilidade é a importação de gás por grandes
consumidores para o próprio
consumo. Nesse caso, a empresa também terá de arcar
com o transporte.
Gasodutos
As empresas poderão ainda construir infra-estrutura
de gasodutos mediante uma
autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo) caso a distribuidora local se interesse pelo projeto.
Por fim, a nova lei cria a figura dos consumidores livres de gás, como já ocorre
no setor elétrico. Apesar dos
problemas enfrentados pelos consumidores livres no
mercado de energia elétrica,
Moraes avalia que isso vai
criar concorrência entre as
distribuidoras e vai ajudar a
competição.
(AGNALDO BRITO)
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