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TIM no Brasil não será vendida, diz presidente da Telecom Italia
Plano da controladora é vender outros ativos no exterior e reduzir custos
JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL
VERENA FORNETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A TIM no Brasil não está à
venda, segundo Franco Bernabé, presidente da TI (Telecom
Italia), a controladora da subsidiária brasileira. Ontem os
acionistas receberam um comunicado com as propostas do
Conselho de Administração.
No documento, a TIM aparece
como um dos pilares do desenvolvimento da TI até 2011. Para
gerar caixa, a idéia será a venda
de ativos não-estratégicos, como a empresa de banda larga na
Alemanha e na Holanda.
O jornal italiano "Il Sole 24
Ore" afirmou que a venda de
ativos no exterior, incluindo a
TIM no Brasil, seria uma das
idéias discutidas pelos conselheiros que se reuniram em
Londres, há dois dias.
Acionistas consultados pela
Folha revelaram que a proposta de consenso seria a venda de
ativos na Europa como forma
de diminuir a dívida da TI, que
chega a 36 bilhões.
A TI também fará cortes de
gastos de 2 bilhões até 2011.
"A meta é reduzir nossa dívida
de 3 vezes o Ebitda [lucro antes
do pagamento de impostos, juros, amortizações e depreciações] para 2,3 vezes até 2011",
diz Bernabé.
TIM no Brasil
Uma das metas da subsidiária brasileira é atingir 2,5 milhões de assinantes de banda
larga móvel até 2011 (25% do
mercado). Também na telefonia fixa, a empresa se posicionará com mais agressividade,
mirando em um mercado de 41
milhões de linhas.
A TIM detém uma licença de
telefonia fixa e lançou recentemente um produto para competir com as concessionárias fixas. Por enquanto, são apenas
100 mil assinantes do TIM Fixo, mas a expectativa é de 3 milhões de clientes até 2011.
No Brasil, 30% de domicílios
com linhas fixas pretendem
trocar de operadora. Considerando ainda os clientes sem
acesso à telefonia fixa, há um
potencial ainda inexplorado de
R$ 40 bilhões em faturamento
por ano. Em 2009, a TIM deverá ter lucro líquido de R$ 15,3
milhões e crescer 8% ao ano.
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