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BB e Caixa vão
emprestar mais a pessoas físicas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar da falta de liquidez no mercado financeiro
e da possibilidade de aumento da inadimplência,
os bancos públicos pretendem elevar a oferta de crédito para as pessoas físicas
neste ano.
Banco do Brasil e Caixa
Econômica Federal apostarão, principalmente, no
crédito consignado- com
desconto da mensalidade
em folha de pagamento-,
considerado mais seguro.
Mesmo diante da crise,
o Banco do Brasil aposta
que a carteira de crédito
para as pessoas físicas, de
R$ 38 bilhões, vai crescer
20% neste ano.
A Caixa Econômica Federal está ainda mais otimista e prevê aumento de
43,26% na carteira de crédito deste ano, que será de
R$ 13,5 bilhões.
O vice-presidente de Finanças do Banco do Brasil,
Aldo Mendes, argumenta
que 9 milhões de pessoas
poderiam ter crédito consignado atualmente, mas
apenas 3,5 milhões contraíram dívidas com desconto em folha. É por isso
que os bancos investem
nesse nicho para crescer.
Risco é o desemprego
"O desemprego é o único risco que existe hoje,
mas no crédito consignado
isso é amenizado", argumenta Mendes.
Márcio Ferreira Neto,
superintendente nacional
da Caixa, diz que o banco
também não está preocupado com o aumento do
desemprego porque a
maioria das suas operações é de crédito consignado de funcionários públicos, que contam com estabilidade no emprego.
A Caixa emprestou, em
2008, R$ 7,2 bilhões nessa
modalidade de crédito.
"O consignado para empregados de empresas privadas ainda é muito pequeno. Tem espaço para
crescer", disse.
Os executivos da Caixa
afirmam que o banco não
corre risco porque tem
poucos contratos de financiamento de automóveis, o
crédito de maior risco
atualmente.
Apesar do elevado volume de consignados, considerados mais seguros, todos os clientes da Caixa
hoje têm crédito pessoal
pré-aprovado, cheque especial e cartão de crédito à
disposição.
O executivo do Banco do
Brasil também afirma estar longe de correr riscos
porque o banco "é grande,
tem uma larga base de capital". A carteira de crédito do banco para automóveis cresceu 200% em
2008. Mendes argumenta,
porém, que o financiamento de carros ainda é
pequeno -soma R$ 7 bilhões, menos de 10% do
mercado.
O Banco do Brasil acredita que os problemas de
liquidez nos bancos pequenos trarão uma oportunidade para o banco público crescer no financiamento a veículos.
"Queremos expandir
com foco em carros novos.
Não trabalhamos muito
com carros usados [de
maior risco]", diz Mendes.
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