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Banco poderá emprestar para comprador da Celpe R$ 890 mi
da Sucursal do Rio
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) colocou à disposição dos
interessados na compra da Celpe
(Companhia Energética de Pernambuco), que vai a leilão no próximo dia 17, financiamento no valor de até 50% do preço mínimo
da empresa estadual.
Da mesma forma como ocorreu
na privatização da Cesp Tietê, o
banco federal não vai distinguir
entre o capital nacional e o estrangeiro para dar o financiamento.
Como o preço mínimo da Celpe é
de R$ 1,78 bilhão, o financiamento estatal ao seu comprador poderá chegar a R$ 890 milhões.
O BNDES está também estudando a possibilidade de uma
parte desse financiamento se dar
na forma de participação acionária na distribuidora de energia
elétrica nordestina. O tamanho
dessa participação ainda não está
definido. O governo de pernambuco entregou ao BNDES a tarefa
de privatizar 99,6% do capital votante (ações ordinárias) da Celpe,
correspondentes a 88,5% do capital total da empresa. O leilão será
na Bolsa do Rio.
No caso da Cesp Tietê, como a
vencedora do leilão foi a norte-americana AES, a concessão de financiamento pelo banco estatal
brasileiro acabou transformada
em uma grande polêmica e foi parar na Justiça.
A operação só não foi abortada
por uma liminar porque o
BNDES alegou que o empréstimo
já havia sido concedido e utilizado pela empresa norte-americana
quando a decisão judicial foi tomada. A disputa judicial para
anular o empréstimo ainda está
em andamento.
A maioria das empresas que
manifestaram até agora interesse
na compra da Celpe é de capital
estrangeiro. Entre elas estão a as
norte-americanas Enron e Utili
Corp, a portuguesa EDP e a espanhola Iberdrola.
A Iberdrola já tem outras participações em distribuidoras de
energia elétrica brasileiras. A
maior delas é a baiana Coelba
(Companhia de Eletricidade do
Estado da Bahia).
O consórcio que comprou a
Coelba, em julho de 1997, também recebeu financiamento do
BNDES. A empresa espanhola divide o controle da energética
baiana com a Previ (fundo de
pensão dos empregados do Banco do Brasil) e com empresas e
fundos do Banco do Brasil.
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