São Paulo, #!L#Sábado, 05 de Fevereiro de 2000


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Banco poderá emprestar para comprador da Celpe R$ 890 mi

da Sucursal do Rio

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) colocou à disposição dos interessados na compra da Celpe (Companhia Energética de Pernambuco), que vai a leilão no próximo dia 17, financiamento no valor de até 50% do preço mínimo da empresa estadual.
Da mesma forma como ocorreu na privatização da Cesp Tietê, o banco federal não vai distinguir entre o capital nacional e o estrangeiro para dar o financiamento. Como o preço mínimo da Celpe é de R$ 1,78 bilhão, o financiamento estatal ao seu comprador poderá chegar a R$ 890 milhões.
O BNDES está também estudando a possibilidade de uma parte desse financiamento se dar na forma de participação acionária na distribuidora de energia elétrica nordestina. O tamanho dessa participação ainda não está definido. O governo de pernambuco entregou ao BNDES a tarefa de privatizar 99,6% do capital votante (ações ordinárias) da Celpe, correspondentes a 88,5% do capital total da empresa. O leilão será na Bolsa do Rio.
No caso da Cesp Tietê, como a vencedora do leilão foi a norte-americana AES, a concessão de financiamento pelo banco estatal brasileiro acabou transformada em uma grande polêmica e foi parar na Justiça.
A operação só não foi abortada por uma liminar porque o BNDES alegou que o empréstimo já havia sido concedido e utilizado pela empresa norte-americana quando a decisão judicial foi tomada. A disputa judicial para anular o empréstimo ainda está em andamento.
A maioria das empresas que manifestaram até agora interesse na compra da Celpe é de capital estrangeiro. Entre elas estão a as norte-americanas Enron e Utili Corp, a portuguesa EDP e a espanhola Iberdrola.
A Iberdrola já tem outras participações em distribuidoras de energia elétrica brasileiras. A maior delas é a baiana Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia).
O consórcio que comprou a Coelba, em julho de 1997, também recebeu financiamento do BNDES. A empresa espanhola divide o controle da energética baiana com a Previ (fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil) e com empresas e fundos do Banco do Brasil.


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